Cabília e cabila
Assim é que é
«O movimento para a autodeterminação da Kabylia e de Anavad (Governo Provisório da Kabylia no exílio – MAK) viu no passado 20 de abril a celebração dos 21 anos do início da Primavera Amazigh (berbere para os menos avisados), data em que em 1980 viu a contestação e a raiva sair à rua pela proibição, a partir de Argel, da realização de uma conferência sobre poesia kabyla ancestral em Tizi-Ouzou, a capital desta província argelina contestatária e situada no Nordeste da Argélia, com acesso ao Mediterrâneo e povoada por cerca de 12 milhões de habitantes, sendo que dois milhões vivem em França e dois milhões em Argel, a capital da Argélia» («Ferhat Mehenni. A abrilada kabyla», Raúl M. Braga Pires, Diário de Notícias, 17.05.2021, p. 22).
Uma vez que o autor é politólogo e arabista, era de esperar que soubesse que em português se escreve Cabília e cabila. Por vezes, nada como ler jornais para ficarmos a saber ainda menos. E se opta (ou é obrigado) por escrever segundo as regras do AO90, não devia conhecê-las minimamente? Não é o que se vê.
[Texto 15 117]