Linguagista

Na mesma maré

      «Valores idênticos a Paredes tem Gaia: ligeiramente inferior a 21% mas com um total de três milhões de metros cúbicos de água por faturar. A Autarquia explica que as perdas dividem-se entre reais (provenientes de fugas por avarias nas tubagens) e aparentes, que se devem essencialmente à submedição dos contadores, em cuja substituição se tem vindo a “apostar fortemente, fazendo a transição para contadores mais avançados tecnologicamente, nomeadamente por telemetria”» («Houve grande redução mas ainda se perdem milhões de litros de água», Alfredo Teixeira, Jornal de Notícias, 5.02.2022, p. 20). «Queria pesquisar submergir, submeter?»

[Texto 15 966]

E não é raro ouvi-los

      «Peritos alertam para a crescente sobremedicação da morte e pedem mais compaixão no fim de vida» (Público, 2.02.2022, 11h22).

[Texto 15 965]

Também se esfumou

      «Em 1889, no Jornal de Horticultura Prática, publicado no Porto, o artigo “Cultura da nespereira”, assinado por A. M. Lopes de Carvalho, abordando exclusivamente a produção da nespereira-europeia (Mespilus germanica), a que os franceses chamam “cu de cão”, demonstra que a nespereira de origem chinesa (no Norte de Portugal chama-se “magnório” e “manganório” ao fruto), ainda não se instalara nos quintais e hortas do país como virá a acontecer no princípio do século XX» («O caroço que podia dar dragões», Susana Neves, Tempo Livre, Jan.-Fev. de 2022, p. 9).

[Texto 15 964]

Biba!

      «Explicando que os franceses adoptaram o termo bibacier para mencionar a nespereira asiática na sequência dos portugueses lhe terem chamado bibas, o artigo publicado em Annales des sciences physiques et naturelles, d’agriculture et d’industrie, não esclarece, contudo, que a palavra biba, por seu turno, deriva da palavra chinesa pipa (ou da palavra japonesa biwa), termo que em chinês (e também em japonês) se pronuncia da mesma maneira que se pronuncia o nome de um instrumento musical tradicional de cordas, um tipo de alaúde, cuja forma oval lembra a forma do fruto» («O caroço que podia dar dragões», Susana Neves, Tempo Livre, Jan.-Fev. de 2022, p. 9).

[Texto 15 963]