Léxico: «grafo»
Como a vida
Na quinta-feira, ouvi, assim ao longe e brevemente, falarem sobre os equipamentos matemáticos recentemente instalados no Jardim do Campo Grande. Um destes equipamentos são as Sete Pontes de Könisberg, que constituem um exemplo da teoria dos grafos. Tomemos a palavra. Está no dicionário da Porto Editora, sim, mas a parte etimológica deixa um pouco a desejar: «Do francês graphe, “idem”». É verdade, está bem, mas podia dizer-se um pouco mais. Mais ou menos isto: «Do francês graphe, e este derivado do radical do grego γράφειν, “escrever”». Quanto à própria definição, também não custa nada reconhecer que a constante do DRAE é bem melhor: «Diagrama que representa mediante puntos y líneas las relaciones entre pares de elementos y que se usa para resolver problemas lógicos, topológicos y de cálculo combinatorio.» Em compensação (a vida não é toda assim?), a definição do Gran Diccionari de la Llengua Catalana é bem pior: «Ens constituït per un conjunt S d’elements i per un conjunt C de línies que uneixen els elements de S.»
[Texto 16 332]