Léxico: «tórico»
Sempre de ouvido atento
Ouvido ao passar por uma rua: «Oh pá, vá ao Leroy Merlin, compre uma embalagem de juntas tóricas que eu depois passo por cá.»
[Texto 16 365]
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Sempre de ouvido atento
Ouvido ao passar por uma rua: «Oh pá, vá ao Leroy Merlin, compre uma embalagem de juntas tóricas que eu depois passo por cá.»
[Texto 16 365]
Ela sabe que não
«— Dama, que triste canto, tão triste como o da águia marinha! Pois não se diz que a águia marinha canta para anunciar a morte? Por certo a minha morte o vosso lai anuncia; porque morro de amor por vós!» (O Romance de Tristão e Isolda, renovado por Joseph Bédier. Tradução de Aníbal Fernandes. Odivelas: Sistema Solar, 2017, p. 150). A Porto Editora há-de pensar que eu queria dizer água-marinha, porque é essa que regista... Mas não, porque a águia-marinha vamos encontrá-la num bilingue. Acontece. Muito. E depois temos também a águia-marinha-de-barriga-branca, a águia-marinha-de-rabo-branco, a águia-marinha-de-barriga-castanha, a águia-marinha-de-sanford, a águia-marinha-de-madagáscar, a águia-marinha-gigante...
[Texto 16 364]
Pelo menos no Brasil
Aqui há umas semanas, vi na RTP1 uma reportagem sobre o Museu do Lactário (pertencente à Fundação Aboim Sande Lemos). Sim, lactário está no dicionário da Porto Editora: «estabelecimento onde se fornece leite gratuito às crianças pobres». O que não regista é sondário, que, pelo menos no Brasil, andavam a par, pois este é o local onde são preparadas as papinhas para crianças desnutridas.
[Texto 16 363]
É outra
«Na serra de Monchique subsiste uma planta rara, a adelfeira, considerada uma ‘relíquia’ por testemunhar o clima subtropical que ali existiu e cujo habitat está a ser regenerado. Projeto ‘Life-Relict’, coordenado pelo professor Carlos Pinto Gomes, da Universidade de Évora, promove a conservação da espécie através da recolha de sementes, depois multiplicadas em Espanha e plantadas» («Projeto para conservar planta rara na serra», Correio da Manhã, 23.05.2022, p. 29). O dicionário da Porto Editora acolhe uma adelfa/adelfeira, só que não é a mesma: «BOTÂNICA (Nerium oliander) arbusto da família das Apocináceas, venenoso, muito ramoso, de folhas lanceoladas e grupos de flores róseas, brancas, vermelhas ou amarelas; loendro». E antes da pandemia realizou-se em Monchique a II Jornada Técnica sobre a Valorização e Gestão dos Adelfeirais Mediterrânicos. Esta adelfeira tem o nome científico Rhododendron ponticum (subsp. baeticum).
[Texto 16 362]
Que respondes?
Então e se te disserem, Porto Editora, que a Bioética é uma disciplina com presença crescente no campo biossanitário — que respondes?
[Texto 16 361]
Os petroleiros e os outros
«Os dados de navegação em tempo real da plataforma Vessel Finder mostram que às 10h o navio metaneiro [Vladimir Vize], oriundo do porto russo de Sabetta [península de Iamal], e com bandeira de Hong Kong, estava a menos de 50 milhas náuticas de Sines» («Primeira importação portuguesa de gás russo depois da invasão da Ucrânia já está ao largo de Sines», Expresso, 4.03.2022 10h09).
[Texto 16 360]