Obrigado, obrigada
Ela aprendeu
«‘La Noche de Anoche’, sedutora colaboração com Bad Bunny, foi apresentada bem juntinho do público e em dueto com quem se quis juntar a ela, entre bandeiras portuguesas e espanholas, num momento de comovente partilha ibérica. ‘Diablo’ chegou com Rosalía sentada numa cadeira de barbeiro, enquanto recebia alguns retoques no cabelo e na maquilhagem, seguindo depois, sozinha ao piano, pela intensidade minimalista de ‘Hentai’. “Obrigado por serem tão carinhosos comigo”, agradeceu, antes de nova viagem ao passado para ‘Pienso En Tu Mirá’ e uma versão de ‘Perdóname’, clássico do reggaeton das panamenses La Factoría» («Rosalía incansável, até ao ‘olé’ final, na Altice Arena: houve duetos com os fãs, sentiu-se o flamenco e até lágrimas lhe caíram», Mário Rui Vieira, Blitz/Expresso, 28.11.2022, 3h14).
Mentira: eu estava lá (Balcão 1, F-26), pude ouvir e Rosalía sempre disse «obrigada» — demonstrando assim que aprendeu, ao contrário do jornalista do Blitz. É triste, mas é assim. E até pensei, quando a ouvia: «Quantos portugueses — jornalistas, professores, tradutores, etc. — não erram nisto?»
[Texto 17 310]