Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Linguagista

Léxico: «sanguinária-do-japão | elódea-africana | bácaris»

Isto vai-se compondo

 

      «Outros estão prestes a ver o dia: siluro, sanguinária-do-japão, erva-das-pampas, elodea-aficana, baccharis, rã-de-unhas-africana, amêijoa-japonesa, perca-europeia... E há mais, como o do mexilhão-zebra, em fase de preparação; o do jacinto-de-água, com um projeto próprio (Interreg ACECA); ou o mosquito-tigre-asiático (da competência da Direção-Geral da Saúde, por se tratar de uma ameaça para a saúde pública)» («Visitantes indesejados que vieram para ficar», Luís Francisco, «Revista E»/Expresso, 5.01.2024, p. 28).

 

[Texto 19 236]

Léxico: «privatizante»

Como nos temos esquecido dela?

 

      No sábado, no congresso do PS, o regressado Francisco Assis (futuro titular da pasta da Economia? Cultura? Negócios Estrangeiros?), na mesma frase, usou os termos estatizante, que todos os dicionários registam, e privatizante, que nenhum acolhe, mas que se usa. (Se bem que desprovido de relevância linguística, também devo dizer que acho que Vítor Gonçalves não acertou na cor da tinta para o cabelo.)

 

[Texto 19 235]

Léxico: «biofabricação»

Também nossa

 

      «“Sin una red microvascular a multiescala no se puede generar un órgano que sea funcional, porque no puede mantenerse vivo, y aún no tenemos la tecnología que lo permita”, explica Daniel Nieto García (Trazo, 1977), profesor de Biofabricación para Medicina Regenerativa en la Universidad de Maastricht (Países Bajos)» («Órganos imprimidos en 3D, la alternativa para trasplantes que se gesta en Galicia», R. Romar, La Voz de Galicia, 4.01.2024, p. 21).

 

[Texto 19 234]

Léxico: «corrente de jacto»

Quando é preciso, não o usam

 

      «O frio e seco do Ártico está a descer para latitudes mais baixas e vai chegar a Portugal esta semana. “Há uma tendência para que a Corrente de Jato, que são ventos muito fortes que ocorrem a cerca de 11 quilómetros de altitude, chegue à Península Ibérica. Quando essa Corrente de Jato vem para sul traz ar polar até latitudes mais baixas. É o que está a acontecer”, explica Filipe Duarte Santos, geofísico e antigo presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)» («Portugal desce aos -9ºC. Alterações climáticas potenciam extremos», Isabel Laranjo, Diário de Notícias, 8.01.2024, p. 12).

      Em itálico e com maiúsculas? Não é caso para tanto. O itálico então nem pensar. Basta — e que os dicionários as acolham — corrente de jacto ou apenas jacto.

 

[Texto 19 233]

Léxico: «picar»

Não o vejo nos dicionários

 

      «Numa notícia que o DN picou da ANI (Agência Nacional de Informação), o dr. Loest era extensamente citado. Por exemplo, ao dizer que tinha saído de Moçambique “bem impressionado”, apesar de só ter lá estado uma semana, pelo que, segundo ressalvava, ainda não lhe teria sido possível “assentar ideias» («A importância de ser irmão de ministro», João Pedro Henriques, Diário de Notícias, 8.01.2024, p. 3). O pobre jornalista até pensa que tem de usar o itálico... Falhas das escolas de Jornalismo.

 

[Texto 19 231]