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Linguagista

Não liguem

Sutor, ne ultra crepidam

 

      «Alguns exemplos: escrever o modo de um verbo no indicativo quando a gramática mandaria usar o conjuntivo. Escrever porque tudo junto, sem se notar que se deve escrever por que quando se trate de um expressão explicativa ou interrogativa, e porque junto é só justificativo ou consecutivo. Outro exemplo: ausência do de no início de uma palavra» («O uso e o não uso da língua», Jorge Miranda, Público, 25.02.2024, p. 13). Alguns exemplos, uns certos e outros errados, é assim que devia ter começado.

 

[Texto 19 424]

Léxico: «costista»

Aqueles sabem dançar

 

      «Por outro lado, é altamente esclarecedor que continuem a defender uma lei que tanta mossa fez à vida de milhares de portugueses e que acabou por contribuir para a crise na habitação que enfrentamos. Uma coisa é defender essa lei sem antever os seus efetivos impactos. Fazê-lo agora significa renovar os votos a uma das facetas mais cruéis da governação passista» («A lei da Cristas e a avó da Mortágua», Carmo Afonso, Público, 23.02.2024, p. 40). Curiosamente, António Costa esteve lá o dobro do tempo e não logrou ainda alcandorar-se ao olimpo dos dicionários. Já passismo (não confundir com «pessimismo») e passista estão lá. Neste campeonato, mérito é a frequência de uso, claro, mas há mais passistas no Brasil do que em Portugal, ainda que se trata apenas dos que têm habilidade e graça para sambar com passos elaborados. Ao menos isso.

 

[Texto 19 423]