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Linguagista

Pronúncia: «bancarrota»

A caminho do BBB

 

      No seu tempo de antena, o ADN, Alternativa Democrática Nacional, cujos dirigentes são confessos admiradores das ideias (por assim dizer) de Bolsonaro, anda a falar na «bancarróta». O País é muito pequeno, não acredito que não haja nenhum leitor do Linguagista que tenha relações próximas com alguém daquele partido. É incrível como esta gente se exprime. E, por outro lado, por onde andaram nos últimos tempos? (Para ajudar esta gente, talvez não fosse má ideia, Porto Editora, indicares assim a pronúncia: bancarrota |ô|.) Estamos muito perto de também ter bancada da bala, do boi (com milícias vindas de Santarém, de onde também veio, naquela madrugada de 25 de Abril de 1974, a nossa libertação) e da Bíblia.

 

[Texto 19 462]

Eleições e parvoíces

Assim se vê

 

      «Eu hoje estava em Lisboa e, como sou amigo do ambiente e contra as alterações climáticas, pensei vir de comboio – ou como agora se diz de ferrovia –, mas entre Lisboa e Santa Maria da Feira é muito mais rápido vir de carro. Ou seja, as velhas auto-estradas do Cavaco são mais rápidas que a ferrovia dos socialistas», disse Durão Barroso no comício da AD em Santa Maria da Feira. Não, Dr. Durão Barroso, não se diz «ferrovia» em vez de «comboio», não diga parvoíces. Ferrovia é o mesmo que caminho-de-ferro, e ninguém diz que vai ou que veio de caminho-de-ferro.

      Aqui onde me vêem, já votei às 8h30. Fui um dos 208 007 eleitores inscritos no voto antecipado.

 

[Texto 19 461]

Léxico: «biorresina»

Duríssima

 

      Não é queijo corno, mas também é dura: «Os mosaicos de biorresina do italiano Salvatore Pepe não são um aparelho móvel, mas também usam as comunicações móveis para dar informação às pessoas» («Futuro ou ficção? MWC 2024 mostra vida com menos telemóveis nas mãos», Karla Pequenino, Público, 1.03.2024, p. 31).

 

[Texto 19 460]