Ainda levas com uma farpa no cachaço
«Mas se a entrada de Passos Coelho na campanha já era um risco calculado, Paulo Núncio (o n.º 2 do CDS na coligação e que pode acabar ministro) e o cabeça de lista por Santarém (também pode vir a ser ministro) foram os “ajudas” – na linguagem tauromáquica usada pelo antigo presidente da CAP – que contribuíram para que a campanha da AD, que parecia estar em crescendo, encolhesse subitamente. [...] Quanto ao “ajuda” Eduardo Oliveira e Sousa, cabeça de lista da AD por Santarém, que veio questionar a crise climática, quando criticou a proibição de “novas plantações às cegas baseada em ideologias de extrema-esquerda, iludindo as pessoas com falsas razões de ordem climática”, e que anunciou aos portugueses que os agricultores estão prontos a “organizar-se em milícias” contra os roubos do cobre, a ajuda foi fabulosa» («Montenegro falha o recentramento. Costa pode ser o “momentum” do PS?», Ana Sá Lopes, Público, 3.03.2024, p. 32). Temos de ser uns para os outros, não é? Ana Sá Lopes dá uma à Porto Editora, ajuda, que aparece no dicionário, erradamente, como pertencendo ao género feminino; nós damos dois hífenes a Ana Sá Lopes, porque se escreve cabeça-de-lista. Como cabeça-de-cartaz.
[Texto 19 483]