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Linguagista

Léxico: «metaficcionista»

Para completar a família

 

      «Poeta lírico culto e depurado, engenhoso metaficcionista autobiográfico, Helder Macedo publicou ensaios notáveis que propõem um Cesário Verde “romântico” e “feroz”, e não naturalista e anémico, ou um Camões libidinoso em vez de neoplatónico. Mas nunca antes reunira em livro as suas crónicas de quase vinte anos no “Jornal de Letras”, textos elegantes e divagantes, mordazes, mais dados à curiosidade do que à nostalgia» («A jogar agora», Pedro Mexia, «Revista E»/Expresso, 8.03.2024, p. 56).

 

[Texto 19 498]

Léxico: «refila | canhota»

Da bananicultura da Madeira

 

      «Esta é uma cultura que obedece a práticas e linguagem próprias. Cada bananeira é “mãe” de um cacho. Os cachos que saem de cada bananeira são “paridos”. A partir do tronco principal da planta, na parte inferior, despontam as “refilas ou canhotas”, que podemos descrever como rebentos, aqui chamadas “filhas”» («Calor tropical dá novos recordes à banana», «Pela estrada fora»/Expresso, 5.01.2024, p. XVI).

 

[Texto 19 496]

Léxico: «criação»

Tantas quantas as registadas

 

      «Na televisão passava o Bonanza, O Santo, com Roger Moore, e Os Persuasores, com Moore e Tony Curtis. E havia os bailaricos do Clube, que ao fim de semana fechava à meia-noite. Sempre à espera do Carnaval, momento alto em que o gira-discos dava lugar a um conjunto. Ali cantava também Anita Guerreiro, rapariga da criação do meu pai, a dar os primeiros passos no fado. O Sport Clube Intendente marcou gerações. Ensinou-me a amar o associativismo. Recordo os Natais celebrados com uma festa para as crianças desfavorecidas. Eram vestidas de alto a baixo, recebiam presentes, guloseimas e um lanchinho” [conta José António Santos, técnico de vendas, de Lisboa]» («Onde eu estava», Alexandra Tavares-Teles, Diário de Notícias, 10.03.2024, p. 3).

      Isso mesmo: outra que falta no dicionário da Porto Editora. Aliás, faltam tantas acepções em criação como as que lá estão registadas.

 

[Texto 19 495]

Léxico: «elisabetano | elisabetiano»

Em qualquer caso, dois

 

      «O texto shakespeariano é fundamentalmente político, mas num sentido muito especial. O teatro elizabetano ganhou corpo no momento em que se consolidava o reinado de Elizabeth I. São experiências gêmeas e igualmente bem-sucedidas. Em boa parte de suas peças, mesmo nos dramas históricos em que se afastava do tempo presente, Shakespeare desenvolveu uma aguda reflexão acerca do poder e de todos os elementos teatrais que o cercam: intrigas, rivalidades, conspirações, assassinatos, ascensão e queda» («William Shakespeare, leitor de André Ventura», João Cezar de Castro Rocha, Expresso, 8.03.2024, 14h04).

      É também a grafia de um dicionário bilingue da Porto Editora, o de inglês-português, mas nos dicionários brasileiros o que leio é elisabetano e elisabetiano (este também num bilingue da Porto Editora).

 

[Texto 19 494]