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«Há algo de trágico na eleição de domingo. Se os apelos ao voto útil por parte de PS e PSD não surtirem efeito, o país corre riscos de ingovernabilidade perante a tripolaridade entre esquerda, direita e forças antissistema. O Chega já deixou de ser apenas um problema à direita. O caminho, em democracia, será dialogar e negociar» («Um país partido em três», Ângela Silva, «Revista E»/Expresso, 8.03.2024, p. 1). E na noite eleitoral ouviu-se, nas televisões, a previsível tripolarização. Vamos lá ver, com esta chegada à beira do arco da governação, não há só coisas más: também há coisas péssimas. A esta hora, Pedro Nuno Santos já deve ter agradecido a todos os santos não ter ficado umas décimas mais à frente.
[Texto 19 499]
P. S.: Muito bem, Porto Editora, elisabetano/elisabetiano já estão dicionarizados, mas há um problema: se dizes que se designa também por colar elizabetiano/elizabetano, estes também têm de ter verbete próprio (ou partilhado com as variantes com s).