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Linguagista

Léxico: «pilequinho»

Tão brasileiro

 

      «Se havia momentos de fraqueza, de não saber como reagir à altura daquelas barbaridades, ia à luta sem esmorecer. Se divertia no trabalho, nas festas, nos pilequinhos com as amigas da vida inteira, como Lolita Rodrigues e Nair Bello» («Hebe Camargo pediu para falar com meu marido ao telefone», Cleo Guimarães, Folha de S. Paulo, 9.03.2024, p. B8).

 

[Texto 19 503]

Léxico: «neurogenética»

Uma subespecialidade

 

      «A neurologista Paula Coutinho (1941-2022) foi uma mulher que quebrou barreiras, considerada vanguardista na neurologia, num mundo, à época, predominantemente masculino. A sua principal referência e mentor foi Corino Andrade, neurologista que descobriu a paramiloidose em famílias das Caxinas, e de quem foi herdeira científica. Foi “pescada” nas aulas práticas de Neurologia e levada para o serviço de Corino Andrade, no Hospital de Santo António (HSA), no Porto, em 1965, quando ainda frequentava a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Foi a primeira neurologista a desenvolver o “pensamento genético” na doença neurológica, o que faz dela, de facto, a pioneira da neurogenética em Portugal» («Paula Coutinho, pioneira da neurogenética», Jorge Sequeiros [médico geneticista, professor emérito da Universidade do Porto], Público, 8.03.2024, p. 34).

 

[Texto 19 502]

Léxico: «tripolaridade | arco da governação»

Virar a página

 

      «Há algo de trágico na eleição de domingo. Se os apelos ao voto útil por parte de PS e PSD não surtirem efeito, o país corre riscos de ingovernabilidade perante a tripolaridade entre esquerda, direita e forças antissistema. O Chega já deixou de ser apenas um problema à direita. O caminho, em democracia, será dialogar e negociar» («Um país partido em três», Ângela Silva, «Revista E»/Expresso, 8.03.2024, p. 1). E na noite eleitoral ouviu-se, nas televisões, a previsível tripolarização. Vamos lá ver, com esta chegada à beira do arco da governação, não há só coisas más: também há coisas péssimas. A esta hora, Pedro Nuno Santos já deve ter agradecido a todos os santos não ter ficado umas décimas mais à frente.

 

[Texto 19 499]

 

P. S.: Muito bem, Porto Editora, elisabetano/elisabetiano já estão dicionarizados, mas há um problema: se dizes que se designa também por colar elizabetiano/elizabetano, estes também têm de ter verbete próprio (ou partilhado com as variantes com s).