Linguagista

Pouca ciência

      «Certas espécies de trufa produzem uma substância, o androestenol, que cheira a javali-macho, atraindo as javalinas, que escavam à procura da origem desse aroma — e, no meio da busca infrutífera, espalham os esporos das trufas» («Enganamos e mentimos por sexo (e resulta)», David Marçal, Público, 5.04.2024, p. 33).

      (Um homem da ciência teria de ver que isto está errado: então escreve «javali-macho», coisa que não existe, e depois «javalina»? Há javali, macho, e javalina, fêmea, e chega muito bem. Confusões.)

[Texto 19 602]

Não se atrapalham

      «Na lista, elas estão empatadas em 2.545º lugar com o ex-senador e empresário do agronegócio Blairo Maggi e Pedro Grendene Bartelle, dono da calçadista Vulcabras, e logo acima de Dulce Pugliese de Godoy Bueno, uma das fundadoras do grupo Amil» («Bilionária mais jovem do mundo leva vida discreta em Florianópolis», Carlos Villela, Folha de S. Paulo, 5.04.2024, p. 8).

[Texto 19 601]

Molusco bivalve marinho

      «“Hoje temos muitos mais produtos de qualidade à disposição”, diz a chef Tássia Magalhães, que faz uma cozinha de base italiana com apelo contemporâneo no seu restaurante Nelita, no bairro de Pinheiros. As suas pastas inovam em sabores e texturas, como no caso do linguini com vôngoles (berbigões), servidos com lardo de porco e curgete fumada» («São Paulo. Uma senhora capital gastronómica», Rafael Tonon, «Fugas»/Público, 14.01.2024, pp. 16-17).

[Texto 19 600]

Não é a pedra larga

      «A Marta Barata, o Crivo recorda-lhe, precisamente, os tempos de estudante no Porto e compara-o a “uma oficina de belas artes, onde as pessoas vão poder experimentar várias artes ao mesmo tempo”. E apesar de ter a loja-atelier aqui mesmo na Régua, faz questão de marcar presença e até de trabalhar: neste dia, trouxe uma peça já adiantada, em técnica de lastra – a conclusão terá de ser necessariamente no seu atelier (é preciso secar e cozer)» («No Crivo, o Douro quer mostrar (e ensinar) o que sabe fazer», Andreia Marques Pereira, «Fugas»/Público, 14.01.2024, p. 9).

[Texto 19 599]

Existem, pois

      «A WEG começou produzindo motores elétricos, e a partir da década de 1980 ampliou a atuação para componentes eletroeletrônicos, produtos para automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e em pó e vernizes eletroisolantes» («Bilionária mais jovem do mundo leva vida discreta em Florianópolis», Carlos Villela, Folha de S. Paulo, 5.04.2024, p. 8).

[Texto 19 598]