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Linguagista

Léxico: «pegacho | costil»

Ele sabe

 

      Fernando Alves, no último episódio de Tão Longe, Tão Perto, na Antena 1, esteve na aldeia do Pego, ali perto de Abrantes, na confluência do Ribatejo, Alentejo e Beira Baixa. Atenção, pronuncia-se /pègo/, nada de confusões. Fernando Alves teve como interlocutor privilegiado o historiador do Pego Francisco Lopes, coordenador da obra O Que É o Comer?, prestes a chegar às livrarias. Ora bem, que nome têm os naturais ou moradores da aldeia de Pego? São os pegachos. Não está nos nossos dicionários, mas o ChatGPT sabia. O que não sabia era que às armadilhas para os pássaros se dá por ali o nome de costis, uma das diversas variantes do termo.

 

 

[Texto 19 666]

Léxico: «caladinho | pito»

Apenas húmidos

 

      Na quinta-feira, no Portugal em Directo, na RTP1, mostraram uma reportagem sobre os caladinhos, o doce típico de Santa Maria da Feira, tendo sido referidas duas teorias sobre a origem do nome. Um dos entrevistados foi o Sr. Rogério Almeida, que durante décadas produziu este doce na Confeitaria Castelo. Segundo disse, quase todos os clientes queriam os caladinhos com pito — ou seja, húmidos por dentro, não molhados ou semilíquidos, apenas húmidos.

 

[Texto 19 665]

Léxico: «prontuário | taquicárdico»

A ficha clínica

 

      «Segundo o prontuário, ao ser liberado, “o paciente estava taquicárdico, com frequência cardíaca de 97 batimentos por minuto, saturação de oxigênio no sangue periférico de 95%, disártrico e com dificuldade para deglutir”, segundo o laudo pericial do IML (Instituto Médico Legal)» («Idoso foi levado duas vezes a banco na véspera de morrer», Bruna Fantti, Folha de S. Paulo, 19.04.2024, p. B3). (Em disártrico, Porto Editora, corrige a gralha: «que apreseta disartria».)

 

[Texto 19 663]

Léxico: «acácia-rubra»

Ou árvore-flamejante

 

      «O neto passou parte de uma noite no Tarrafal, para tentar perceber. E na página anterior espreitam as raízes de uma acácia-rubra, a formar um díptico fotográfico com esta imagem muralhada. Sob a árvore, os presos procuravam sombra. Nestas quase 300 páginas, conta-se como um neto foi conhecer o sítio onde esteve preso o avô, entre 1949 e 1951» («O filho no campo de concentração», João Pacheco, «Revista E»/Expresso, 5.04.2024, p. 12). É a Delonix regia.

 

[Texto 19 662]

Léxico: «igreja-salão»

Uma das primeiras

 

      No Portugal em Directo, na RTP1, na quinta-feira, lembraram, a propósito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, assinalado naquela data, que a Igreja de S. Miguel, em Freixo de Espada à Cinta, é uma das primeiras igrejas-salão edificadas em Portugal. Aquela igreja freixenista tem três naves, erguidas quase à mesma altura, e tectos com abóbodas nervuradas sustentadas por colunas e contrafortes.

 

[Texto 19 661]