Não tenho pressa, mas...
«Os relatos descrevem também um ambiente tóxico, de medo e silenciamento dentro do CES. As pesquisadoras dizem que os comportamentos impróprios do professor eram normalizados e até abafados dentro do centro académico» («Investigadoras deixam anonimato e contam que sofreram assédio de Boaventura de Sousa Santos», Mariama Correia, Expresso, 23.05.2024, 16h29). «Se a “obrigação” da virgindade oprimia as mulheres, a liberdade sexual poderia ter efeitos catastróficos numa cultura masculina altamente tóxica, nomeadamente quando havia lhos que nasciam fora do casamento, sustentados muitas vezes apenas pelas mães (e apenas educados por elas, porque o desaparecimento do pai era uma constante)» («Boaventura e as mulheres: as histórias das vítimas são asquerosas», Ana Sá Lopes, Público, 26.05.2024, p. 32). Andamos (quem o faz) há anos a usá-lo quotidianamente neste sentido, em que é um anglicismo semântico, pelo que os dicionaristas não vão poder continuar a ignorá-lo por muito mais tempo.
[Texto 19 844]