Linguagista

Amanhã há mais

      «“Não acreditamos que haja qualquer ameaça atual para a comunidade em geral. Não estamos à procura de mais suspeitos. Este incidente não parece estar relacionado com o terrorismo”, afirmou o comissário adjunto Ade Adelekan» («Homem armado com espada ataca várias pessoas nos arredores de Londres: o atacante já foi detido», Expresso, 30.04.2024, 10h44). «Deputy assistant commissioner», lia-se na imprensa inglesa.

[Texto 19 709]

Nunca acabam

      «No tubo, com a ajuda das pessoas, é colocado material com granulometrias diferentes: primeiro os calhaus, de seguida as pedras mais pequenas, por fim a areia. Depois, soma-se a água, que preenche os espaços entre os sedimentos. Desta forma, o tubo passa a representar a zona hiporreica, onde as águas subterrâneas e as águas superficiais se misturam nos sedimentos do fundo do rio, e que funciona como um grande filtrador da água, além de ser um habitat para pequenos organismos e um importante berçário» («De norte a sul de Portugal, um colectivo quer fazer dos rios um tema de conversa», Nicolau Ferreira, Público, 26.04.2024, p. 18).

[Texto 19 708]

Quais gambozinos

      «O Miradouro do Zebro – que vai buscar o nome a um animal semelhante ao burro, mas mais alto e forte e muito veloz que viveu na Península Ibérica até ao século XVI –, foi construído em condições muito complexas, uma vez que os trabalhos se desenvolveram em cima de uma escarpa de xisto a 40 metros de altitude, onde esteve instalado o estaleiro» («Um miradouro imponente na crista do Muradal», Sofia Fonseca, Diário de Notícias, 1.05.2024, p. 30). Para a Porto Editora, não passa de um «cavalo selvagem», sem ao menos esclarecer que já está extinto. Assim, são comparáveis aos gambozinos. E o nome científico, onde está? E a variante, zevro, que até encontro no VOLP da Academia Brasileira de Letras?

[Texto 19 707]

Mas não é

      «Os fanáticos do tecnosolucionismo juram que o objetivo é liberar tempo para o que realmente importa na escola. Pois na rede paulista ocorre o contrário: professores e diretores que não seguem a cartilha governamental da mediocridade são punidos pelo trabalho sério. Amados pelos estudantes e odiados pelos que desejam aniquilar o pensamento crítico na escola pública» («Fanáticos do tecnosolucionismo», Fernando Cássio, Folha de S. Paulo, 27.04.2024, p. A3).

[Texto 19 706]

Agora é só plataformas

      «A polêmica em torno do uso da inteligência artificial para preparar materiais didáticos é a ponta de um iceberg de substituição tecnológica de profissionais da educação que envolve plataformização, controle hiperburocrático do trabalho e contratos bilionários de aquisição de tablets e computadores» («Fanáticos do tecnosolucionismo», Fernando Cássio, Folha de S. Paulo, 27.04.2024, p. A3).

[Texto 19 705]