E acabamos assim
«De acordo com o breve histórico da língua talian apresentado em TGC, ela resultou da koineização dos vários dialetos falados pelos migrantes que, entre 1875 e 1912, participaram da primeira grande onda migratória italiana para o Brasil, i.e., do processo de modificação mútua de vários dialetos de uma mesma língua, chegando a uma língua comum, que é a koiné. [...] Estes fatores terão dado origem à koiné que constitui o talian, língua franca destes imigrantes italianos, com influências de outras línguas com que entrou em contacto, nomeadamente o português e o italiano. Do ponto de vista linguístico, o talian tem por base a língua véneta, da região do Véneto, um conjunto de dialetos do ramo das línguas românicas ítalo-ocidentais, pertencente ao subgrupo galo-românico do grupo galo-ibérico (juntamente com o catalão e o francês)» («A língua talian — património cultural imaterial e referência cultural do Brasil», Margarita Correia, Diário de Notícias, 13.05.2024, p. 27).
O VOLP da Academia Brasileira de Letras, por exemplo, acolhe koiné, e justificadamente, dado o uso que se faz do termo em estudos linguísticos.
[Texto 19 766]