Léxico: «registal»
Registe-se
«Nos termos da lei portuguesa, o apelido do marido é, para sempre, o apelido do marido. Mesmo que conste do documento de identificação de quem o adotou, mesmo que faça parte da identidade pessoal e profissional da pessoa (na maioria das vezes, mulher) que, em adulta, alterou o seu nome. É, para mim, verdadeiramente humilhante, injusto e desnecessário. Seja homem ou mulher a pessoa concretamente sujeita a esta vicissitude registral» («Para sempre o apelido do marido», Leonor Caldeira, Sábado, 6.06.2024, p. 56).
Portuguesa, advogada, mas depois, ao optar por um termo só usado no Brasil, vê-se que não conhece bem a língua. E se é verdade que não vai encontrar, como devia, o adjectivo registal nos nossos dicionários, também é certo que não tropeça neles com registral — que apenas os dicionários e vocabulários brasileiros acolhem. É como se a analogia, a que também o Direito tanto recorre, não existisse.
[Texto 19 882]