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Linguagista

Léxico: «luto»

Os melhores

 

      «Black was the colour for mourning dress dating back to the Roman Empire, when the toga pulla, made of dark-coloured wool, was worn. However, in Britain, white or brown was worn by commoners, and black or purple was reserved for the nobility. [...] Black became customary in the West in all classes thanks to Queen Victoria. When her husband Prince Albert died in 1861, she wore black clothing for the next 40 years of her life» («The mourning glory of black», Irish Daily Mail, 20.06.2024, p. 38).

      Aproveitemos a oportunidade — até porque ontem foi Dia Internacional das Viúvas — para melhorar e ampliar o verbete de luto, Porto Editora. Sim, faltam acepções. Outro nível era definir-se como «traje escuro em sinal de tristeza pela morte de alguém, costume que teve início no século XIX». Os bons dicionários não apenas definem, esclarecem, devem abrir pistas.

 

[Texto 19 953]

«Quando muito»

Ele sabia

 

       «Nos “cafés” é sempre a mesma gente, todos acima de mim: mestres de fábrica, vendedores de peixe, funcionários, algum doutor. Estas duas francesas queriam conhecer, imagine-se, operários e pescadores. Mas os operários não vão ao “café” (quando muito à taberna) e os pescadores dormem de dia para se fazerem ao mar pela tardinha e voltarem de madrugada» (Imitação da Felicidade, Urbano Tavares Rodrigues. Lisboa: Publicações Europa-América, 3.ª edição revista, s/d, p. 27).

      Como se vê, Urbano Tavares Rodrigues sabia que é quando muito. Não sabia é que café, seja qual for a acepção, não precisava de aspas — agora faltava cotejar com obras contemporâneas.

 

[Texto 19 952]

Léxico: «interpretabilidade»

Qualidade do que

 

      «Apesar da relevância desta área (designada por interpretabilidade, uma subárea da inteligência artificial), poucos avanços tiveram lugar, até há pouco tempo, na nossa capacidade para interpretar e compreender a forma como funcionam as representações internas dos modelos estatísticos de linguagem» («A mente do Claude», Arlindo Oliveira [professor do IST e presidente do INESC], Público, 3.06.2024, p. 12).

 

[Texto 19 951]

Léxico: «Rapanuis»

E a origem?

 

      «Um pequeno grupo de polinésios navegou milhares de quilómetros pelo Pacífico há mil anos, atingindo uma ilha remota (Ilha de Páscoa) onde construíram uma civilização emblemática mas esgotaram os recursos naturais, embora um estudo recente questione essa narrativa. [...] A massa continental mais próxima é o centro do Chile, quase 3.000 quilómetros a leste. Cerca de 5.000 quilómetros a oeste estão as ilhas tropicais Cook, de onde se acredita que os colonos tenham navegado por volta do ano 1.200 d.C.» («Estudo aponta que Rapanui eram muito menos do que se pensava e questiona ecocídio», Rádio Renascença, 22.06.2024, 1h01).

      Porque a origem interessa e muito, sobretudo quando se trata de uma ilha, eu diria assim de Rapanuis: «ETNOGRAFIA habitantes nativos, de origem polinésia, da Ilha da Páscoa (Chile), no oceano Pacífico».

 

[Texto 19 950]

Léxico: «interconector»

Para ampliar a família

 

      «A ministra da Energia da Albânia, Belinda Balluku, disse que houve uma avaria num interconector entre a Albânia e a Grécia e que tinha ouvido falar de circunstâncias semelhantes em Montenegro e em certas zonas da Croácia e da Bósnia» («Apagão nos Balcãs devido a “sobrecarga do sistema” e altas temperaturas», Rádio Renascença, 21.06.2024, 17h28).

 

[Texto 19 949]