Como se critica por aí
Assim não, rico
«Tal compreensão não se pode estender aos dias de hoje, quando temos às mãos os mais variados meios e ferramentas de pesquisa. Nem se admitir que numa final da Liga Mundial de vôlei feminino, vencida pela Itália, o tempo todo a Paolla Egonu, excepcional jogadora italiana, fosse tratada como Paôla, quando o correto é praticamente igual à do nome Paula, com a quase imperceptível alteração do “u’ pelo “o”. Assim como muitos insistem em chamar a atriz Paolla Oliveira de Paôla Oliveira, fomos obrigados a ouvir Paôla Egonu durante toda a transmissão de 4 sets da partida final. Ninguém nasce sabendo. Isso é fato. Também ninguém é obrigado a falar corretamente nomes estrangeiros. Mas quem trabalha com comunicação tem, antes de tudo, o dever de pesquisar para melhor informar. E isso, em pleno século 21, tornou-se tão possível» («Hoje não se permite mais falar errado o nome de ninguém», Flávio Ricco, Jornal do Commercio, 26.06.2024, p. 45).
E escrever-se mal o mesmíssimo nome quando se está a criticar a pronúncia errada de outros, pode? Quanto à substância, está certo, o italiano Paola pouco difere do nosso Paula. Deve ser por ver lá um o que o falante de português começa logo a tergiversar e a inventar.
[Texto 19 978]