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Linguagista

Léxico: «harmonizante»

Às paletes

 

      «No início, procurou-se envolver o maior número de pessoas. Foram envolvidos quatro dezenas de biblistas, quer portugueses, quer dos países de língua oficial portuguesa. Isto é uma mais-valia, porque é uma riqueza, mas cria um problema que é a harmonização das traduções. Tradutores diferentes, ainda por cima com formas diferentes de expressar o português, criam necessariamente traduções que não são completamente harmonizadas, ou harmonizantes. Isso obrigou a comissão coordenadora – e agora falo enquanto responsável do Novo Testamento – a um trabalho suplementar de harmonização [diz o padre Mário Sousa, responsável pela comissão coordenadora da tradução da Bíblia]» («Nova tradução da Bíblia não é “literal” e inclui propostas de leitores», Ângela Roque, Rádio Renascença, 7.07.2024, 21h56).

 

[Texto 20 033]

Falemos de vulcões

O Etna

 

      «A erupção do Etna, na ilha italiana da Sicília, o maior vulcão ativo da Europa, intensificou-se este domingo com a expulsão de lava e uma coluna de fumo de cinco quilómetros de altura. [...] A erupção do Etna aconteceu na cratera “Voragine”, uma das quatro que coroam este grande vulcão que, após as explosões de fevereiro de 2021, aumentou a sua altura [sic] para 3.357 metros» («Erupção do Etna intensifica-se com lava e nuvem de fumo de cinco quilómetros», Rádio Renascença, 7.07.2024, 11h56).

      Bem o podias dizer no teu texto de apoio sobre o Etna, Porto Editora. Há vários, mas nem todos os vulcões têm mais de uma cratera.

 

[Texto 20 031]

Como se escreve por aí

Excesso de confiança

 

      «O Libé expõe Joe, mas não diz quem ele era antes de viver a experiência de pessoa não binária, de adquirir uma aparência andrógena e de um tratamento hormonal» («Jacques Doillon. Uma certa tendência do cinema francês está sob custódia», Vasco Câmara, Público, 6.07.2024, p. 47). Queria escrever «andrógina». Queria, mas não o fez. Fica para a próxima.

 

[Texto 20 029]

Léxico: «estrela»

Pouco usado, mas só cá

 

      «O estudo retratado apontava que a Aß*56 (leia beta-amilóide estrela 56) exercia papel relevante na deterioração da memória no Alzheimer, mesmo sem a formação de placas beta-amilóides ou perdas neuronais. Essa proteína também poderia contribuir para os déficits cognitivos causados pela doença» («Influente estudo de Alzheimer é ‘despublicado’ pela Nature», Phillippe Watanabe, Folha de S. Paulo, 26.06.2026, p. B7).

      A Porto Editora diz que este «sinal gráfico em forma de estrela» é «pouco usado». Será, pelo menos em Portugal. O que também me parece é que devia figurar como sinónimo [«pouco usado»!] em asterisco.

 

[Texto 20 028]