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Linguagista

Dois Ribeiro, três Rio e outros plurais marados

Ah, essas basezinhas...

 

      «O medalheiro de Portugal nos Jogos Olímpicos de Paris está bastante abaixo das quatro medalhas obtidas em Tóquio em 2021, e as performances dos dois Ribeiro em que o país depositava grandes esperanças — o nadador Diogo e o skateboarder Gustavo — foram enormes desilusões» («Poucas medalhas e muita frustração — o que falha em Portugal», João Miguel Tavares, Público, 8.08.2024, p. 40). Até recentemente, a dificuldade de muitos jornalistas era apenas com as regras gramaticais. Agora parece que até com a aritmética simples têm dificuldades. Então, João Miguel Tavares,  1 + 1 = 1? Felizmente a Eça de Queiroz não faltavam as basezinhas, e por isso escreveu Os Maias.

[Texto 20 144]

Léxico: «pôr/meter a mão na consciência»

Em poucos casos

 

      «“O PS tem que meter a mão na consciência. O desafio de recuperar o SNS do colapso que resultou dos últimos oito anos é enorme e precisa da ajuda de todos", defendeu o presidente do grupo parlamentar do PSD, Hugo Soares, em declarações à agência Lusa, no dia em que os socialistas iniciam uma ronda por unidades de saúde para avaliar os efeitos de encerramentos nas urgências de ginecologia e obstetrícia» («PSD desafia PS a “meter a mão na consciência” e a aceitar que SNS “precisa da ajuda de todos”», Rádio Renascença, 6.08.2024, 8h16). Neste caso, como em poucos, sim, é indiferente pôr ou meter. Infelizmente, a Porto Editora apenas regista meter a mão na consciência. Quanto a pôr a mão na consciência, só em dois bilingues, o de português-grego e o de português-inglês.

[Texto 20 143]