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Linguagista

Léxico: «guarda-civil»

Sem resposta

 

      «O Ministério Público de São Paulo denunciou quatro guardas-civis metropolitanos por formarem uma milícia na região central da capital paulista, tomada pela Cracolândia, exigindo de comerciantes uma “taxa de proteção” ou “segurança privada”. Em paralelo, a Promotoria também acusou outros três guardas-civis e dois investigados pela venda ilegal de armas, munições e dispositivos, incluindo fuzis» («Promotoria denuncia 4 guardas-civis de SP por milícia na Cracolândia», O Estado de S. Paulo, 16.08.2024, p. A20). Já em Junho de 2009 (!) eu perguntava no Assim Mesmo de boa memória: «“Guardas prisionais preparam festa alternativa de protesto” (Paula Carmo, Diário de Notícias, 1.06.2009, p. 21). É só uma pergunta: se se escreve guarda-civil, guarda-florestal, guarda-freios, guarda-municipal, guarda-nocturno e guarda-republicano, não se deveria escrever também guarda-prisional? Parece ser um composto em que entram, foneticamente distintos, um substantivo e um adjectivo, em que o conjunto dos elementos, mantida a noção da composição, forma um sentido único ou uma aderência de sentidos, conforme exige a Base XXVIII do Acordo Ortográfico de 1945.» Até hoje, nenhum linguista ou dicionarista me respondeu. Curiosamente, já ali mencionava guarda-civil, que ainda hoje está por dicionarizar neste lado do Atlântico.

[Texto 20 158]