O móvel da discórdia
«Nada disso justifica a banquetada, e Datena deveria ser o primeiro a reconhecê-lo. Mas não: em nota nesta segunda-feira (16), embora tenha admitido o erro, ele afirmou não se arrepender do ataque perpetrado contra o autointitulado ex-coach» («Ataque de Datena a Marçal é péssimo exemplo na política», editorial, Folha de S. Paulo, 17.09.2024, p. A4).
É termo que não encontramos nos dicionários, nem é preciso. No mesmo jornal, um pouco mais à frente, noutro artigo, a certeza já era outra: «A cadeirada no debate aconteceu depois de uma sequência de discussões. O candidato do PRTB provocou o apresentador nos blocos anteriores ao resgatar uma denúncia de assédio sexual contra Datena e chegou o chamá-lo de “jack”, termo usado nos presídios para identificar acusados de estupro» («Datena mantém candidatura, diz que não se arrepende e justifica agressão a Marçal», Victória Cócolo, Folha de S. Paulo, 17.09.2024, p. A13). Ou ainda não decidiram: «O móvel arremessado pelo candidato José Luiz Datena (PSDB) no adversário Pablo Marçal (PRTB), em cena que viralizou como uma “cadeirada”, é, na verdade, uma banqueta» («Cadeira é, na verdade, banqueta, pesa 5,5 kg e custa R$ 400 no Pix», I. M., Folha de S. Paulo, 17.09.2024, p. A14). Os dicionários, incluindo os brasileiros, não dizem que banqueta é o banco pequeno e sem encosto? Não é o que vejo aqui.
[Texto 20 244]
P. S.: Reparem no termo usado nos presídios brasileiros para identificar os acusados de estupro — jack.