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Linguagista

Léxico: «borrélia | riquetsiose | riquetsiáceo | riquetsiácea»

Também variantes

 

      «Já o Pediculus humanus humanus, segundo a investigadora [Carla Sousa] do IHMT, nas Primeira e Segunda Guerras Mundiais “foi o grande transmissor de riquétsias, estando também envolvido na transmissão de borrélias” — dois tipos de bactérias que causam doenças como, por exemplo, o tifo epidémico ou a doença de Lyme, respectivamente» («Os piolhos voam? Quantas espécies existem? Preferem cabelos sujos?», Filipa Almeida Mendes, Público, 7.05.2024, p. 27). E riquetsiose, riquetsiáceo, riquetsiácea?

[Texto 20 253]

Léxico: «esmerilhadeira»

Ah, sim, variante

 

      «Aquela que lhe deu mais trabalho é a esmerilhadeira RR 18 E/1600, fabricada pela empresa italiana Mecnafer em 1977. 0 equipamento é responsável por lixar os trilhos e corrigir imperfeições. É o que previne solavancos que fazem os vagões balançar durante a viagem. A máquina lembra um carro de locomotiva» («Com 5 décadas de Metrô, mecânico testemunhou a realização do ‘impensável’», Tulio Kruse, Folha de S. Paulo, 15.09.2024, p. A41).

[Texto 20 252]

Léxico: «Piroceno»

Suposta ou não, não interessa

 

      «A queima descontrolada de combustíveis fósseis e seus efeitos sobre o clima estariam entre as principais razões para chamar o atual período de Piroceno, a era dos grandes incêndios, com efeitos devastadores em boa parte do planeta. Esse conceito foi cunhado por Stephen Pyne, professor emérito da Universidade Estadual do Arizona e historiador especializado em fogo. Autor de mais de 30 livros, o norte-americano publicou em 2021 uma obra inteiramente dedicada a apresentar a ideia de Piroceno e suas consequências» («Humanidade criou Piroceno, a era do fogo, diz historiador», Giuliana Miranda, Folha de S. Paulo, 15.09.2024, p. A35).

      Para dicionarizar, porque, afinal, depois nos surge aqui e ali. Na Wook, por exemplo, vejo a obra, a que o artigo citado alude, Piroceno – De como a humanidade criou uma Idade do Fogo e o que virá a seguir, do mesmíssimo Stephen J. Pyne. Esta semana em Portugal veio estabelecer definitivamente que vivemos mesmo no Piroceno.

[Texto 20 251]

Léxico: «bilhete de identidade»

É a oportunidade

 

      «Os cartões sem prazo de validade eram emitidos a titulares com mais de 55 anos. E na prática não é necessário substituir este documento, só em caso de alteração do estado civil ou da morada. O BI continua a ser aceite como documento de identificação em Portugal e como documento de viagem dentro da União Europeia e do Espaço Schengen. Deixou de ser emitido em 2018» («Emitidos mais de 261 mil cartões de cidadão “contactless”», Abílio T. Ribeiro, Jornal de Notícias, 29.08.2024, p. 18). Já que registas bilhete de identidade (e BI) num verbete autónomo, bem merecia (ou merecem os leitores, até porque aposto que os mais novos já nem sabem o que significa BI) ser enriquecido com mais informação, e nomeadamente esta do artigo, a data de quando deixaram de ser emitidos.

[Texto 20 250]

Léxico: «comprimário»

Assim, já não é totalmente novo

 

      «Na escrita de Shakespeare cabe a humanidade inteira, sem distinção geográfica, temporal, racial ou social. Todos são chamados e bem caracterizados. Mesmo os personagens comprimários têm espessura e complexidade» (Mocidade Portuguesa, Jorge Calado. Revisão de L. Marques. Lisboa: INCM, 3.ª ed., 2023, p. 356).

      A Porto Editora até sabe que existe a palavra comprimário, já que a regista no dicionário de português-italiano, mas depois não é consequente, não vai até ao fim acolhendo-a no dicionário geral.

[Texto 20 249]