Léxico: «economia azul»
Última
O primeiro-ministro, diz a imprensa de hoje, discursou pela primeira vez perante a Assembleia das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde defendeu a economia azul.
[Texto 20 288]
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Última
O primeiro-ministro, diz a imprensa de hoje, discursou pela primeira vez perante a Assembleia das Nações Unidas, em Nova Iorque, onde defendeu a economia azul.
[Texto 20 288]
Penúltima
«Uma equipa de investigadores, liderada por um médico português em Londres [Miguel Reis Ferreira], descobriu que uma bactéria presente na boca de toda a gente é capaz de destruir células cancerígenas na cabeça e no pescoço. [...] A bactéria em questão chama-se fusobactéria, está presente na boca de toda a gente e, apesar de ter má fama, a investigação provou que tem uma influência positiva nalguns tipos de cancro» («A bactéria que todos temos na boca e que pode revolucionar o tratamento de cancros», Emanuel Nunes, SIC Notícias, 25.09.2024, 15h37).
[Texto 20 287]
Com certeza
«Blue verte desamor em pratos, guitarra eléctrica e baixo — como boa parte do álbum, emprega um instrumentário simples mas implacável — ameaçando transbordar» («Glorioso desnorte», Pedro João Santos, «Ípsilon»/Público, 24.05.2024, p. 25). Se o tens apenas em bilingues, Porto Editora, alguma coisa falhou.
[Texto 20 286]
Falta, é outra coisa
O verbete de protectorado está incompleto, falta uma acepção. E os Cromwells, Porto Editora? Sugiro algo como isto: «HISTÓRIA Período da história britânica (1653-1659) em que Oliver Cromwell governou a Inglaterra, Escócia e Irlanda como “Lorde Protector”, exercendo o poder executivo num regime republicano militarizado após a Guerra Civil Inglesa e a execução de Carlos I. Também se aplica ao governo de Richard Cromwell, seu sucessor. Este período foi marcado pela centralização do poder no chefe de Estado, sob a designação de Protectorado.»
[Texto 20 285]
Precisamos disto tudo
A fronteira oriental da NATO, na Lituânia, está há meses a preparar-se para uma eventual invasão por parte da Rússia ou da Bielorrússia, pelo que inaugurou agora o seu primeiro parque de contramobilidade no Leste do país, parte da Linha de Defesa do Báltico. A área inclui bloqueios de estradas, várias barreiras e obstáculos antitanque do tipo dentes-de-dragão. O nome destes obstáculos é a tradução literal do alemão Drachenzähne, e são componentes de betão em forma piramidal ou cónica de uma obra de fortificação, concebida durante a Segunda Guerra Mundial para impedir o progresso de forças mecanizadas. Além de dentes de dragão, o tal campo de contramobilidade inclui também obstáculos tradicionais como ouriços e cavalos-espanhóis (também conhecidos como cavalos-de-frisa), que podem ser colocados rapidamente noutros locais em caso de ataque. (Querem em inglês? Está bem: dragon’s teeth, hedgehogs e Spanish horses.)
[Texto 20 284]
Também não acertaram
«Confessava-se porém atingido da síndroma de Schopenhauer, que quanto mais conhecia dos homens mais gostava dos cães, tendo desenvolvido “um estado de irritabilidade” pela mentalidade da maioria dos seus semelhantes, cuja “víscera comanditária” parecia ser o estômago» (Humberto Delgado: biografia do general sem medo, Frederico Delgado Rosa. Lisboa: A Esfera dos Livros, 2008, p. 140).
Uma tradutora queria que fosse «o nosso congénere». Bem, mas também não é como está no dicionário da Porto Editora: «o nosso semelhante», ou seja, as outras pessoas, o próximo. Ora, se tanto pode ser meu, como teu, como nosso, etc., evidente se mostra que é apenas semelhante que deve estar dicionarizado. Faz-me lembrar o quiproquó da expressão a bel-prazer, que a Porto Editora, certamente para agradar a todos, o que não conseguiu, deixou «a bel-prazer / a seu bel-prazer». Não é assim, não faz sentido: como acabei de provar, também estaria errada, por incompleta. Mas não: basta, repito, a bel-prazer (que alguns borra-botas, que nunca leram nada na vida, escrevem «belo-prazer»), como também basta semelhante.
[Texto 20 283]