Mas eu nunca fiquei convencido
«Um hacker é alguém que tem a liberdade de explorar um sistema, com autorização. Não é para danificar, não tem essa motivação. Identifica as vulnerabilidades para evitar que a internet se torne um caos. Por esta altura, já não deveria ter de acrescentar que sou “ético”, porque está implícito, mas tenho de o fazer. Ainda é preciso desmistificar, repor a verdade sobre a palavra “hacker” e distingui-la de “cracker”. Existe, aliás, uma organização, a Hacking is NOT a Crime, que defende a descriminalização do hacking, através de uma reforma política, a bem do progresso digital sustentável» («André Baptista. “Nunca senti a tentação de fazer o mal, como hacker. E já tive oportunidades de ficar bilionário”», depoimento recolhido por Rosa Ruela, Visão, 3.10.2024, p. 26). É verdade que, por sugestão minha, o erro maior quanto à definição do vocábulo hacker já foi corrigido pela Porto Editora (aqui), em Abril de 2022, mas a terceira acepção ainda é um piscar de olho aos confusionistas. O que estão a dizer, a sancionar, é que, naquela acepção, é o mesmo que cracker. Eliminá-la contribuiria para haver menos confusões e menos dúvidas no mundo.
[Texto 20 327]