Léxico: «contrapositivo»
É destas que eles gostam
Mais uma palavra que anda perdidíssima pelos longos e escusos corredores das nossas universidades: contrapositivo. (Eles quem? Eles, a peste dos DDT.)
[Texto 20 352]
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É destas que eles gostam
Mais uma palavra que anda perdidíssima pelos longos e escusos corredores das nossas universidades: contrapositivo. (Eles quem? Eles, a peste dos DDT.)
[Texto 20 352]
Em três, um
«Para conseguir estudar a existência de morcegos, tinha de voltar às redes de neblina. Agora em África, ia ter a oportunidade de capturar morcegos totalmente diferentes daqueles que existem na Amazónia, como o morcego-cabeça-de-martelo, o morcego-de-face-fendida e o morcego-nariz-de-folha. Como o nome indica, são morcegos com formas e tamanhos muito diferentes» («Morcegos e chocolate: da Amazónia às plantações de cacau africanas», Diogo F. Ferreira [investigador doutorado], Público, 17.08.2024, p. 31).
[Texto 20 351]
Tão perigoso é
«O acidente – cujo alerta foi dado pelas 15.25 horas – aconteceu nas instalações da Escola Superior Agrária do IPBeja, que acolhe temporariamente o Centro de Biotecnologia Agrícola e Agroalimentar do Alentejo (CEBAL), ao qual pertencem os três investigadores. Foram derramados sete litros de ácido clorídrico e butanol, produtos altamente inflamáveis e corrosivos» («Derrame de químicos causa três feridos», T. C. e I. M. P., Jornal de Notícias, 16.08.2024, p. 44). O butanol é tão perigoso, na verdade, que a Porto Editora nem o tem no dicionário.
[Texto 20 350]
Nem em bilingues
«Em Peregrinação de Barnabé das Índias, Mário Cláudio propõe que Paulo da Gama, cujo retrato se agiganta sobre o do irmão, o chefe da armada das Índias, seria, para tanto, o mais preparado, aquele que, pela experiência tangenciadora da morte, apresentaria especial sensibilidade no trato humano» («O Gama d’Os Lusíadas: herói não-heroico», Teresa Carvalho, Nascer do Sol, 12.04.2024, p. 29).
[Texto 20 349]
Aqui não há mercadorias
«De acordo com a IP — que ficou com a subestação de tracção do Cais do Sodré inutilizada na sequência de um incêndio provocado pelas obras do Metro de Lisboa em Março deste ano —, já foi adjudicada a contratação da renovação daquele equipamento, bem como a aquisição de “uma solução modular contentorizada”, que permitirá voltar a fornecer energia eléctrica sem restrições aos comboios entre o Cais do Sodré e Belém. O prazo destes dois contratos é de 150 dias, pelo que só dentro de cinco meses a reparação estará concluída» («Normalidade da oferta de comboios na linha de Cascais só está prevista para Fevereiro», Carlos Cipriano, Público, 9.10.2024, p. 18). Pois, em contentorizar, Porto Editora, tens de acomodar este sentido.
[Texto 20 348]
Antes que haja mais estragos
Vá, em coro, Porto Editora, vamos ensinar a esta tradutora: o plural de noz-pecã é nozes-pecãs! Boa. Acho que ela ouviu. Espera, não te vás já embora. Ah, os plurais... Vejo agora que é urgente indicar o plural de todos os vocábulos compostos de livro- — livro-caixa, livro-diário, livro-disco, livro-mestre, livro-razão... —, porque, de todos, só indicas o plural de livro-mestre, e há por aí dificuldades...
[Texto 20 347]
P. S.: A propósito de erros, Porto Editora: vamos continuar a assobiar e a olhar para o lado quando vemos que os pobres falantes — nas câmaras municipais, nas juntas de freguesia, no Governo — escrevem «topiar» querendo escrever tupiar, porque diz respeito à ferramenta eléctrica chamada tupia?