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Linguagista

«Mas não em cor-de-laranja»

Ai, ai

 

 

      Ou melhor, quando leio ou ouço falar do Acordo Ortográfico, puxo logo da pistola. «Também Ana Soares [coordenadora do departamento de Português do Colégio do Sagrado Coração de Maria, em Lisboa] diz que as dificuldades que têm surgido resultam de regras cuja lógica nem sempre é perceptível — por exemplo, o hífen, que deixa de existir em cor-de-rosa, mas não em cor-de-laranja. Curiosamente, é o mesmo exemplo que Fátima Gomes utiliza para lamentar que a questão da hifenização “tenha muitas excepções, e depois excepções dentro das excepções.”» («Este ano ainda será lectivo ou já será letivo?», Alexandra Prado Coelho, «P2»/Público, 17.12.2011, p. 9).

      Santo Deus, mas onde é que esta gente leu semelhante coisa? Há-de ser onde se ouve dizer que «se disser Egito escreve sem ‘p’, mas se disser Egipto escreve com ‘p’». Pessoas com responsabilidade — no caso, coordenadora do departamento de Português —, em circunstâncias formais, e fazem estas afirmações.

 

[Texto 843] 

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