Sobre «despoletar»
É a guerra
«Discretamente alojado entre dois neurónios quaisquer, acabei, depois, por associar o caso ao enredo de “Uma aventura inquietante”, o folhetim que José Rodrigues Miguéis publicou originalmente no jornal O Diabo, em 1934: a acção também decorre na Bélgica, onde Miguéis foi emigrante, e é espoletada pelo aparecimento de um cadáver num parque de Bruxelas, o de Woluwee; mas o único português da história, Zacarias de Almeida, é apenas vítima do sistema judicial, que nele vê um suspeito fácil, e métèque ainda por cima» («Da terceira classe», Jorge Marmelo, «2»/Público, 25.03.2012, p. 10).
Já não vai havendo (vêem como isto é gradual?) paciência — mas cada um sabe de si — para estes espoletares.
[Texto 1260]