Que diz, padre? Por que o diz? Um pronome interrogativo, certamente, e facilmente descortinável por quem o queira descortinar.
Leia por ex. Xavier Fernandes, Questões de Língua Pátria. Dê uma volta pelo castelhano para apurar e alargar a vista (por qué, porque), e não pelo francês (pourquoi, parce que) nem pelo inglês (why, because).
Razão têm nisto os Brasileiros.
«Os gramáticos e os dicionaristas afirmam que o advérbio interrogativo de causalidade "porque" (ou porquê) significa por que razão (motivo, etc.) e são equivalentes. Logo, pela única lógica admissível, escreva-se por que razão (por que motivo, etc.) ou somente porque» (p. 34).
Vejo muito mais lógica na posição brasileira e castelhana. E clareza. Repare-se em que no francês a palavra interrogativa é diferente da causal; não assim no português nem no castelhano se se considerar o interrogativo uma só palavra.
Reputo por má opção - porque não passa disto: uma opção - a dominante entre nós.
Sobre esta questão, já tocada em «revisão», 9.12.11, neste sítio, acabo de ouvir uns comentários cordatos de Sandra Duarte Tavares, nas «Páginas de Português», Rádio 2. Tem a lealdade de reconhecer que «gramatici certant», e que é só a sua opinião.
Curiosamente compara com o ubíquo bifecamone, quando devia começar pelos mais próximos francês e espanhol.
Com efeito, o bifecamone e o franciú têm palavras diferentes para o caso interrogativo e para o causal, ao invés do português e do espanhol. Daí vem a maior clareza da opção espanhola e brasileira em distinguir pelo menos na grafia os dois casos, escrevendo «porque», causal, e «por que» ou «por quê» ou «por qué», interrogativo.
Por isso, eu estou com os Brasileiros.
Montexto a 9 de Fevereiro de 2014 às 17:28
Outra dança, agora do «por quê» e «porquê»:
. «arrastando a custo as soltas alpercatas que davam um som baço e batido, e faziam - não sei por quê nem como - estremecer a quem as sentia»: Viagens na Minha Terra, cap. XXXIV, p. 62, da Lello, mas desta feita tb na ed. príncipe;
. «- E o futuro?
- Eu não creio no futuro.
- Porquê?»: Ib., cap. XXXII, p. 50, da Lello, mas tb na ed. príncipe.
«- Não sei por que vieste.
- Não sei por que vim.»
Mário de Carvalho, Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, cap. X.
Tb eu era assim que escreveria.
Montexto a 6 de Novembro de 2012 às 22:52
«por que me nom vou algur esterrar
se poderia melhor mund'achar?
[...]
Oimais, de mim pode quem quer saber
por que me nom vou algur esterrar
se poderia melhor mund'achar.»
Martim Moxa, no Cancioneiro da Ajuda, Folio 85v, A 305, em linha.
Tem a palavra Xavier Fernandes, Questões de língua Pátria, II, «PORQUE E POR QUE», p. 100-104; da p. 103: «A mais subtil análise ideológica nenhuma diferença descontinará entre as suas formas - "Porque dizes isso?" e "Por que dizes isso?" - cada uma delas documentada em escritores de reputação. Só a análise lexiciológica poderá poderá distinguir as dias variantes escritas - advérbio interrogativo na primeira, preposição e pronome interrogativo na segunda, notando-se que qualquer das duas só aparece em interrogações directas.
Nenhum motivo sério existe, que faça recuar qualquer das formas apontadas, pois ambas se explicam e justificam, não lhes faltando a sanção de bons autores.
Quanto à segunda, não é até a analogia com formas interrogativas similares - a que, com que, em que, etc. - que está a indicar claramente a aceitação da grafia, por que?
E, quanto à primeira, como deixar de escrever ligadamente porque, se a expressão é considerada, não locução, mas unidade vocabular e como tal classificada por quem de direito?»
E ele próprio escreve, por ex. a págs. 106, a propósito de outro tema: «E por que não há-de ser assim, se o caso parece não interessar à própria repartição oficial - a Inspecção Geral dos Espectáculos - que fecha os olhos aos vários e frequentes atentados contra a pureza da Língua, revelados em cartazes, reclamos, etc., etc.?!» E repare-se na debilidade do fundamento da primeira...
Mas: «notando-se que qualquer das duas só aparece em interrogações directas»?! - Pelo contrário, mestre, qualquer das duas aparece em interrogações indirectas. Por ex., usando aquela sua frase: «Não sei por que não há-de ser assim...» (como eu escreveria), ou: «Não sei porque não há-de ser assim» (como outros escreveriam).
E deixe-se aqui uma nota: mais exemplos sobre este tema em «Revisão», 09.XII.2011, neste blogue.
À tardinha apeteceu-me ir ao baú das relíquias. Esta é para si, Montexto, que tanto elogia Vieira. Pode ser que o faça reconsiderar a sua posição sobre estoutro assunto.
«Porque matou Cahim a Abel ? Porque naõ era outro como elle : Porque efteve Suzàna em rifco de a apedrejarem ? Porque fe naõ fubjeitou à lafcivia dos Suzanos : Porque foraõ aquelles tres mininos lanfados na fornalha de Babilónia ? Porque naõ quizeraõ adorar a Eftàtua de Nabuco. Porque foy prezo, e degolado o Baptifta ? Porque lhe naõ pareceo bem a feníualidade de Herodes.» («Discurso Catholico Sentenciozo contra a Murmuraçam», P. Antonio Vieyra. Lisboa: Antonio da Sylva, 1747, p. 9).
Decidi manter a grafia original.
Eugénia a 19 de Junho de 2012 às 23:06
Reconsiderar o quê, santinha? E por quê, se faz favor?
Está tudo visto e concluído. E, para mim, a decisão passou em julgado. É como a ortografia: aprendi-a menos mal uma vez em certa fase da vida: assunto encerrado, venham lá os acordos que vierem. Tenho mais que fazer do que curar de caganifâncias. «Coisas tão miúdas não é bem que pejem o pensamento de um homem», aconselhou D. Francisco Manuel ao Sr. N. Nem de uma mulher.
E por hoje, ala, que se faz tarde. Encerro a loja.
Até amanhã, camaradas (em preito ao artista do PC).
Ah, que lá me esquecia do principal: o lugar de Vieira não é no baú das relíquias ou do que quer que seja; é na mesa de cabeceira (não tenho tempo de verificar se isto leva a bênção hifeniana ou não: como vos aprouver), bem aberto e sublinhado, com anotações à margem e devidamente alinhadas nas págs finais ou iniciais em branco.
Eugénia, Eugénia, em verdade vos digo: uma só coisa é necessária. E repito: ler, reler, decorar e anotar o Imperador.
E deixar dizer quem diz; caldos de Vieira, e não mais, é quanto basta para a língua ser feliz.
Mil coisas.
Posso ter as minhas relíquias no baú, caro Montexto, mas de vez em quando vou lá e deleito-me com elas. De pouco serve tê-las à mesa de cabeceira mas não lhes pegar. Então nunca se lhe deparou aquele exemplo de Vieira? Não leu aqueles Sermões? Se calhar leu-Os, mas na altura estava com pouca atenção. Ou com sono, que isto de ler na cama tem estas coisas.
Deixe para lá, também já me aconteceu. Mas eu tento não cuspir para o ar, porque às vezes… (Espero que não leve a mal esta minha brincadeira de ontem.)
Eugénia a 20 de Junho de 2012 às 20:42
Vamos devagar, minha cara, vamos devagar. Nem sempre li com o mesmo cuidado e atenção de ultimamente, que, medindo bem, parece que até me tiram mais do que dão o prazer que dantes tinha na leitura. Mas são outros quinhentos.
Teremos então um exemplo de Vieira, que aliás ainda não consegui descobrir. Diga-me o nome do sermão, se faz favor; talvez esteja na antologia da Sá da Costa que tenho comigo, e à noite verifico.
E continue.
Nos meus apontamentos, o que tenho é isto: Maria Rosa Mystica, I Parte, Sermão XI, VI, 417. Lisboa: Miguel Deslandes, 1686, p. 392.
Não deve ser difícil encontrá-lo na Internet. Vou procurar, e já lhe digo.
Eugénia a 20 de Junho de 2012 às 21:34
Obrigado.
Mas... «digam de vossa justiça» (cf. «por si sós»)? Descuido ou convicção? Descuidos todos temos, até Vieira...
Descuido, sim, o meu. O exemplo de Vieira não é, claramente, descuido dele. Ele sabia perfeitamente o que estava a fazer.
Eugénia a 20 de Junho de 2012 às 22:08
Caro Montexto, pode ler o Sermão em
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/antonio-vieira-padre/sermao-xi-com-o-santissimo-sacramento-exposto.php (http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/antonio-vieira-padre/sermao-xi-com-o-santissimo-sacramento-exposto.php)
apesar de haver pequenas diferenças - posição das vírgulas, maiúsculas - em relação aos meus apontamentos. Mas será irrelevante. De qualquer forma, confio mais na minha transcrição.
Não sei se existirá alguma digitalização do original em linha. Talvez o Helder possa dizer.
Eugénia a 20 de Junho de 2012 às 22:03
Descuido. Ufa! fico mais descansado.
Mas foi só para exemplificar como elas acontecem - até a quem tira apontamentos de leituras clássicas e as guarda em baús. E verdadeiramente só se deve julgar alguém pelo que faz por regra, e não por excepção... Sapinti sat.
Vejo que já está a tentar arranjar desculpas para o exemplo de Vieira, caro Montexto. Sim, sei que este é difícil de digerir. Foi por isso que tentei anestesiá-lo com os exemplos anteriores.
No entanto, para que os demais leitores não fiquem com a ideia - essa sim, errada - de que em Vieira a construção «por si sós» é regra, enquanto que a construção «por si só» é excepção (com antecedente no plural, evidentemente, em ambos os casos), lanço-lhe um desafio: traga para cá mais exemplos da primeira. Contabilizemos uns e outros, e depois logo se vê. Vai ser bonito. Até agora, a contabilidade é de 1 para 1. Ah, o desafio é extensível ao Helder, caso ele tenha pachorra para isso. Mas parece-me que, depois do caso «climático/climáctico» de ontem, ele já nem me ouve. Ou, pelo menos, deixou de me falar.
Eugénia a 20 de Junho de 2012 às 23:03
Caro Helder, já fui ao lugar descoberto por Eugénia. E então que me diz? E que me diz você tb, cara Eugénia?
É que isto é deveras interessante.
Estava para encerrar a loja e despedir-me à for do artista do PC; mas. se estiverem por aí fico mais um pouco...
Que digo... É uma excepção, e pode haver mais, naturalmente, à forma como o próprio Vieira — e conheço dezenas de passos na obra dele a atestarem-no — escreve a locução.
«e conheço dezenas de passos na obra dele a atestarem-no».
Alto lá, Helder, esta frase não foi um palpite, nem uma crença; foi uma afirmação.
E eu digo-lhe que é uma mentira descarada.
Vai ter de mostrar aqui essas tais dezenas de passos que diz conhecer de Vieira, ou retractar-se publicamente.
Eugénia a 21 de Junho de 2012 às 13:49
Farei mais do que isso, embora fique desde já claro que não aceito intimações extrajudiciais. Também ao meu ritmo, tanto mais que estou em minha casa, darei as citações de Vieira, e, porque a Eugénia, claramente transtornada, me ofendeu, fica convidada a não voltar a aparecer. Eu não aceito retractações.
«Até nos instrumentos inanimados são necessárias três cousas: o som, a significação do que soam e a inteligência do que significam, porque, se faltar esta significação e esta inteligência, os instrumentos por si sós de nada servem» (Sermões, vol. IV, António Vieira. Lisboa: Lello & Irmão, 1958, p. 398).
«Mas ainda que todos estes bens, e quaisquer outros fossem do céu, e nós os desejássemos não por si sós, senão juntamente com Deus, ainda assim faziam grande dano à fineza da esperança, e arguiriam menos estimação da sua pureza» (Sermões, vol. V, António Vieira. Lisboa: Lello & Irmão, 1959, p. 284).
Vejo que a outra conversa mudou de lugar.
Eu bem avisei a Eugénia que era melhor deixar o pessoal na escuridão.
Anónimo a 23 de Junho de 2012 às 22:43
Mas antes de mais estiremos aqui o trecho do Imperador tal qual consta do dito lugar, ei-lo:
«Desta maneira refuta e degola as heresias a parte mental do Rosário, que são os mistérios; e não com menos eficácia, antes mais declaradamente faz o mesmo a parte vocal, que são as orações de que é composto. E, antes que desçamos ao particular de cada uma, digo que as mesmas orações do Rosário, por si só e geralmente tomadas, são uma protestação universal da fé católica, com que detestam e condenam todas as seitas e heresias contrárias.» Lede-o com atenção, e amanhã à tarde falaremos, já que hoje tardais em responder. Até amanhã, e boa leitura.
Não acredito no que estou a ler… Bem, eu já sabia que este contra-exemplo iria afectá-lo, caro Montexto, mas nunca imaginei que lhe toldasse completamente o discernimento. Se está a pensar em vir para cá com teorias rebuscadas e mensagens subliminares, que só o Montexto consegue ver, confundindo «orações» com «palavras», etc., por favor consulte um psiquiatra. Não tente reabilitar Vieira – aos seus próprios olhos, apenas – desta maneira, até porque este não é o único contra-exemplo em Vieira. Vá descansar.
Mais: não é preciso reabilitar Vieira. Ele sabia muito bem o que estava a escrever. Deixou-o claro como a água. O problema não está em Vieira, caro Montexto. O problema está em si. Reveja as suas convicções, e ficará em paz consigo mesmo.
Eugénia a 21 de Junho de 2012 às 14:10
«As orações do Rosário, por si só e geralmente tomadas», e o que se nos afigura – 1
Porventura nem isso, Helder: nem sequer excepção; antes a regra, aplicada porém num caso com alguma particularidade, mas que não a infirma, antes a confirma.
Realmente, para já, não reputo necessário ver ali alguma alternativa à prática atestada no passo de Vieira citado no postal «Por si sós», de …06.2012: «Dizer que tudo isto se há-de reconquistar é pensamento fundado só no desejo; porque tendo mostrado os portugueses que eles por si sós se podem defender, é certo que os émulos de Espanha os hão-de assistir e ajudar, como fizeram a Holanda, invencivelmente.»
Insisti em que se lesse com atenção o exemplo citado por Eugénia, mas não só nessa amostra, senão como eu o inseri em cima: «Desta maneira refuta e degola as heresias a parte mental do Rosário, que são os mistérios; e não com menos eficácia, antes mais declaradamente faz o mesmo a parte vocal, que são as orações de que é composto. E, antes que desçamos ao particular de cada uma, digo que as mesmas orações do Rosário, por si só e geralmente tomadas, são uma protestação universal da fé católica, com que detestam e condenam todas as seitas e heresias contrárias.»
«As orações do Rosário, por si só e geralmente tomadas», e o que se nos afigura – 2
Comparem-se agora os dois. – Repare-se em a quem se refere o «si» no primeiro: aos Portugueses no seu conjunto, a eles, a todos eles, contrapostos aos outros povos que os pudessem ajudar: os Portugueses por si sós, todos eles e só eles num todo, os Portugueses todos, mas sós dos outros, sós de alguém (como em Morais), sem mais ninguém, sozinhos, desajudados dos outros; os Portugueses considerados ou tomados no seu conjunto, portanto em geral ou geralmente tomados ou considerados. – Repare-se no segundo: veja-se como o pregador se refere aí às orações do Rosário, mas julgando-as olhadas, consideradas ou tomadas de duas maneiras, de uma e de outra. De uma: «geralmente tomadas» ou consideradas, tomadas em geral, todas elas; e de outra: individualmente tomadas, uma a uma, «por si só». Como quem diz: as orações do Rosário, cada uma por si só e geralmente tomadas...; as orações do Rosário, tomadas em geral e em particular; geralmente, no seu todo, e individualmente, uma a uma, por si só, cada uma, etc. E neste passo a quem vai aqui referido o «si»: às orações do Rosário, mas consideradas ou tomadas cada uma por si só, a cada uma delas, não «geralmente tomadas», sim individualmente consideradas, a esta, a essa, àquela, «a ela», isolada, por si só.
«As orações do Rosário, por si só e geralmente tomadas», e o que se nos afigura – 3
Porque, como se sabe, mas os moderninhos tendem a esquecer, «si» pode referir-se – «a ele» ou «a ela», ficando portanto «a si» (ele ou ela) ou «a si mesmo» ou «a si mesma», «por si» (ele ou ela) ou «por si mesmo» ou «por si mesma», «por si próprio» ou «por si própria, «por si só» (ele ou ela); – ou «a eles» ou «a elas», ficando portanto «a si» (eles ou elas) ou «a si mesmos» ou «a si mesmas», «por si» (eles ou elas) ou «por si mesmos» ou «por si mesmas», «por si próprios» ou «por si próprias, «por si sós» (eles ou elas). E assim o «si» ou «a si» ou «por si», apenas, sem acompanhamento algum, pode referir-se tanto a um ele como a uma ela e respectivos plurais. Mas, quando vem acompanhado de «mesmo», «próprio», «só», estes correspondem-lhe em género e número: ela por si mesma…, ele por si próprio…, elas por si mesmas…, eles por si próprios…, ela por si só…, eles por si sós…, elas por si sós…; e não: ela por si mesmo…, ela por si próprio…, elas por si mesmo…, eles por si próprio…, eles por si mesmo…, elas por si só…, eles por si só…
E porque não terá vindo ali «cada uma», como logo me ocorreu que eu escreveria, quando primeiro vi do exemplo só a parte que Eugénia mostrou? Decerto porque «cada uma» aparece um pouco antes, e a orelha vieirense estava fita, como sempre.
Isto, sim, farfalheiras sintácticas, as áreas entre cão e lobo, em que as aludências aparudem: será chuva, será gente?… Agora cá pês e cês antes de tês e cês…Ou ao invés?
Enfim, um caso deveras interessante.
Agradeçamos a Eugénia, cette dame portugaise qui s'en allat d'un si bon pas.
Tinha razão, caro Montexto: era preciso estar atento e ver a frase em toda a sua complexidade. Essa é uma interpretação possível, decerto: «Cada uma por si só» e «geralmente tomadas». Podia, ainda assim, estar no plural, porque o «cada uma» fica lá atrás.
«Por si sós, estes ingredientes compõem um soufflé de aula mais ou menos indigesto»: George Steiner em Th New Yorker, Gradiva, 2010, p. 207, trad. de Miguel Serras Pereira.
Há sempre alguém que nos diz: tem cuidado com a gramática. Vai havendo.