Género de «entorse»
Ainda um dia
«Ora sabemos que Sousa Coutinho, depois do gesto incendiário a que terá sido levado por uma questão pessoal com aqueles (e que ele mesmo descreve num poema em latim), se deslocou a Madrid, para se acolher à protecção real de Filipe III, a quem dedicou em 1600 as obras coligidas de Jaime Falcão. E ali terá permanecido dois anos. Garrett não hesitou em ajustar a História às suas conveniências dramáticas, justificando teoricamente esse entorse» («A morte de Simão», Vasco Graça Moura, Diário de Notícias, 20.06.2012, p. 54).
Ainda um dia, hão-de ver, a pedido de tanta e tão importante gente, a palavra «entorse» muda de género.
Mas entretanto: «Ele, de métodos drásticos, curava definitivamente uma chaga, uma entorse, um inocente furúnculo, de serrote em punho» (Fogo na Noite Escura, Fernando Namora. Lisboa: Publicações Europa-América, 1988, p. 205).
[Texto 1708]