3 – Quantas menos alterações houver, melhor
«Eis aqui algumas autoridades que respondem à consulta de se se pode dizer e escrever tanto, quanto, muito, pouco, seguidos de mais ou menos e de um substantivo e concordando com estes. Os exemplos que abaixo copio dizem que sim:
“…, mas isto de fazenda, por quantas mais mãos correr, mais se irá diminuindo.” (Manuel Bernardes, Floresta, vol. I, pág. 392, ediç. de 1706). – “Porém é certo que o ídolo de ouro (filho de Apolo) muitas mais almas atrai, engana e condena.” (ID., ibid., vol. V., página 419). – “… deverão advertir que muita mais honra perdem renhindo do que podem granjear vencendo.” (ID., ibid., vol. V., pág. 230, ediç. de 1728). – “… e se vós chamardes a um servo bom e fiel, ele com muita mais razão vos chamará a vós mais que fiel, mais que bom,…” (ID., Exercícios Espirituais, part. II , pág. 651, ediç. de 1785). – “A adulação é aquele perpétuo mal ou achaque mortal dos reis, cuja grandeza, opulência e impérios muitas mais vezes destruiu a lisonja dos aduladores que as armas dos inimigos.” (A. Vieira, Sermões, vol. II, p. 332). – “Com tanta mais ânsia de o ouvir, como quem vira os estragos que em Lisboa fez no ano de 1723 mortífera epidemia…” (Filinto Elísio, Obras, edição rolandiana, t. XVII, pág. 13). – “Razões que ela deduziu ao Cura, e que este com muita mais vontade abraçou quanto mais em favor da sobrinha se demonstravam.” (ID., ibid., t. XXI, pág. 10). – “Muitas mais coisas se puderam dizer acerca de seus costumes.” (ID., Vida e Feitos de D. Manuel, I, 106). – “Muitas mais doenças.” (ID., ibid., pág. 147).»
Cont.