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Linguagista

Léxico: «melada»

Não chegam lá

 

 

       «Desde 2008 que o mel de rosmaninho, de urze, de castanheiro e de melada de carvalho, obtido por métodos totalmente biológicos da BioApis tem sido distribuído pelo País como produto gourmet. Ao sucesso da empresa não será alheia a paixão que Jorge Fernandes, engenheiro agrónomo na Universidade de Trás os Montes [sic] e Alto Douro, em Vila Real, coloca no métier» («Abelhas de Trás-os-Montes batem concorrentes orientais», José António Cardoso, Diário de Notícias, 27.10.2012, p. 14).

      Para o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, «melada» é «a produção de mel de uma época». No contexto, não é. Os Afídeos — pulgões e outros insectos —  alimentam-se da seiva das plantas e expelem grandes quantidades de açúcares que se acumulam sobre a folhagem — é a essa substância açucarada que se dá o nome de melada (e honeydew em inglês). É uma excreção, ia escrever, mas o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora não deixa, pois afirma que excreção é a «função que tem por fim eliminar de um organismo produtos de desassimilação»...

 

[Texto 2264]

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