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Linguagista

Se temos, não precisamos

Aqui não há favelas

 

 

      «Phiona Mutesi é uma miúda de 16 anos. Nasceu no Uganda, numa favela, Katwe. Quando tinha nove anos, Phiona foi apresentada a um ex-jogador de futebol, Robert Katende. Ele mostrou-lhe um jogo tão estranho que nem sequer tinha um nome no idioma em que ela se expressava: xadrez. Ela sentiu-se atraída pelas figuras das peças. Começou a jogar. Sete anos depois, tornou-se rainha. A história dela deu um livro. A história dela faz sonhar» («Phiona Mutesi passou de analfabeta a rainha do xadrez», Vítor Ferreira, Público, 26.12.2012, p. 33).

      Sou o primeiro a defender que se use um brasileirismo na falta de termo equivalente só nosso, porque, afinal, a língua é a mesma. Não assim quando dispomos de um vocábulo para designar essa realidade. É o caso. Nunca eu diria «favela» se temos «bairro-de-lata».

 

[Texto 2463]

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