«Por arrasto»
Acho eu
«Na altura, falou-se da necessidade de não aceitar um “estado de chantagem assumida” e temeu-se que a Rússia se aproveitasse da inércia dos EUA e, por arrastamento, dos seus aliados. Foi neste contexto que Kennedy, a 26 de Junho de 1963, disse em alemão que também ele era um cidadão de Berlim. Porque, quando a liberdade é ameaçada nalgum lugar do globo, é-o também em todo o mundo e, por isso, ninguém está salvo» («“Ich bin ein berliner”», Gonçalo Portocarrero de Almada, Público, 22.06.2013, p. 54).
Só conheço e apenas vejo dicionarizada a expressão «por arrasto», que, aliás, não deve ser muito antiga. E não seria melhor escrever-se «ninguém está a salvo»?
«Carlota estava a salvo da perseguição; sozinha com o seu amor, que ninguém lhe impugnava; nutrindo-o com saudades na solidão do claustro» (Carlota Ângela, Camilo Castelo Branco, 1858).
[Texto 3008]