«Circuncisar»/«circuncidar»
Sem ponta
Ora, é claro que *circuncisar não tem fundamentação etimológica, e talvez só se explique por analogia, mas ei-lo por aí na boca e na pena de muitos: «Ao mesmo tempo não posso deixar de confessar que me rói o feio bicho da inveja quando, depois de um lauto jantar, vejo alguém puxar de um belo charuto, circuncisar-lhe a ponta e puxar longas fumaças de prazer [...]» (Sobre a Mão e Outros Ensaios, João Lobo Antunes. Lisboa: Gradiva, 2005, p. 69). Seja que ponta for, devemos é circuncidá-la.
[Texto 3159]