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Linguagista

Nomes próprios e o AO

Se o vir na Avenida da Liberdade

 

 

      «Por exemplo: vai-se à extraordinária exposição A Encomenda Prodigiosa e lá está, nos folhetos da dita, a “Capela Real de São João Batista”, em vez de Baptista. Isto nos folhetos azuis, os “oficiais”, porque nos folhetos do Museu de São Roque está, obviamente, São João Baptista. O acordo ortográfico, já se sabia (embora não esteja em vigor aqui, como nunca é demais repetir), obriga a mudar batismo para “batismo” ou baptizado para “batizado”, seguindo, aqui, a norma vigente no Brasil. Mas Baptista é um nome, não devia ser mudado» («Eça com z, se faz favor», Nuno Pacheco, «2»/Público, 15.09.2013, p. 40).

      Pois, Baptista é um nome, e por acaso baptista também é um nome. Não sei se o caso merecia uma crónica, enfim. Aqui, em cinco escassíssimas linhas de texto, ora escrevem com p ora sem p. No texto do Acordo Ortográfico de 1990, a única referência pertinente para o caso é a Base XXI (quase cópia da Base L do Acordo Ortográfico de 1945), que estatui que, «para ressalva de direitos, cada qual poderá manter a escrita que, por costume ou registo legal, adote na assinatura do seu nome». Não sei se São João Baptista, o Precursor, um homenzinho agora com 2015 anos de idade, continua a escrever o nome com p. Nuno Pacheco que lhe pergunte, quando o encontrar por aí.

 

  [Texto 3295]

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