«Quando mais não seja»
Já disse: Torga sabia
«Não tenho a mínima dúvida de que Soares receia uma explosão de violência — quanto mais não seja porque, uma vez iniciada, ninguém pode prever a sua evolução. E não tenho notícia de que o PS, ou mesmo os “radicais” do BE ou do PCP, se preparem para enquadrar, controlar e liderar essa explosão de violência de forma que sirva os seus objectivos políticos» («A violência, a procura de justiça e o regresso à democracia», José Vítor Malheiros, Público, 26.11.2013, p. 53).
«Enfim, eu estou e estarei sempre com eles, quando mais não seja porque tenho de estar com os meus. Mas já ouço sem convicção o “venha com Deus” habitual. Há também nestas humanidades uma faca debaixo de cada sorriso, e a bênção de amor com que o mundo precisa de ser regado necessita de alargar os braços e chegar até aqui» (Diário, Vols. I a IV, Miguel Torga. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1999, p. 244).
[Texto 3587]