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Linguagista

Língua portuguesa e ciência

Leiam na íntegra no Público

 

 

   «Publicar em inglês é, sem dúvida, uma das condições da internacionalização da investigação. Contudo, seria um erro reduzir a produção e a circulação de conhecimento científico a uma única língua veicular. Também o latim o foi durante séculos, acabando destronado pelo uso do vernáculo. Não há razão para crer que
os processos históricos de hegemonia e contra-hegemonia de tal ou tal língua na comunicação científica estejam encerrados. Pelo contrário, é plausível que a atual “correlação de forças” se altere num futuro mais ou menos próximo. [...] Designadamente em Portugal, uma política científica com visão estratégica não pode deixar de considerar
prioritária a valorização do português como língua científica internacional. Surpreendentemente, porém, a FCT descarta-o, e só considera de impacte “internacional” o que não é publicado em português. Como se se quisesse aplicar a Portugal o regime da Eslovénia ou da Finlândia onde todos têm de usar o inglês para serem lidos e citados além-fronteiras...» («Língua portuguesa e ciência», Mário Vieira de Carvalho, Público, 29.12.2013, p. 52).

 

  [Texto 3731]

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