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Linguagista

Uma adjectivação sem adjectivos

Tu quoque?

 

      «Mas a polémica decorre da adjetivação colorida que usa para caracterizar outros políticos portugueses, com os quais lidou institucionalmente. Refere-se à “inexperiência” de Passos Coelho, à “insegurança” de António José Seguro, chama “artista” a António Costa e acusa Portas de “infantilidade”. Admite que foi cor a mais na adjetivação?», perguntou Fernando Alves, da TSF, a Cavaco Silva («“Nunca pensei que o Bloco de Esquerda e o PCP se curvassem com tanta facilidade”», TSF, 26.10.2018, 9h54).

      Se até Fernando Alves cai neste erro tão básico, isto está muito pior do que se pudesse imaginar.

 

[Texto 10 200]

ONG/IPSS

Ora pensemos

 

      «[Constance Adolphine Quéniaux] Deixou tudo à criadagem, quis ser sepultada como sua mãe, sem flores nem coroas, discretamente. O último quartel da sua existência foi dedicado a obras de caridade, sendo benemérita destacada do Orphelinat des Arts, uma ONG que tinha por missão cuidar da educação dos filhos dos artistas, que bem precisam. Constance também fora artista, bailarina da Ópera de Paris, onde se iniciou aos catorze anos, pela mão materna» («A origem do mundo», António Araújo, Diário de Notícias, 21.10.2018, 6h14).

      Um orfanato, agora como no século XIX, não será mais, querendo estabelecer uma analogia, da natureza de uma IPSS do que semelhante a uma ONG? É a minha dúvida.

 

[Texto 10 162]