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Linguagista

Cidade Flutuante

Mas sem as malditas aspas

 

      «Devido à quarentena obrigatória, a poluição tem reduzido [sic] drasticamente em Itália, um inesperado efeito positivo do surto da Covid-19. Em Veneza, a água está tão limpa que já há cisnes e peixes a visitar os canais da “Cidade Flutuante”» («Coronavírus. Quarentena reduz poluição em Itália e canais de Veneza ficam translúcidos», Sofia Freitas Moreira, Rádio Renascença, 19.03.2020, 12h35).

      Está quente, muito quente: não precisa de aspas para nada, Sofia Freitas Moreira, é Cidade Flutuante.

 

[Texto 13 015]

Partido Os Verdes

O desejo para 2020

 

      «Partido Ecologista Os Verdes (PEV) vai apresentar um projecto de lei para a despenalização da morte medicamente assistida, ou eutanásia, devendo entregar o diploma em breve. O projecto terá por base o texto apresentado na anterior legislatura, e que foi chumbado» («PEV vai apresentar projecto de lei sobre eutanásia», Público, 11.12.2019, p. 13).

      O jornalista fingiu — e bem, porque é uma idiotice, como já aqui denunciei — que o nome do partido não tem aspas. Quem nos dera que, conhecedores da língua, seu instrumento de trabalho, ignorassem todas as idiotices e todos os modismos que a descaracterizam.

 

[Texto 12 458]

Provérbios e aspas

Já que não perguntam

 

      Uma coisa que me irrita muito é ver provérbios e ditos populares entre aspas. Qual o objectivo? Julgam estar a citar alguém com direitos de autor? Raciocinem, caramba! Não sei quê, «would be to let the tail wag the dog» fica logo no envoltório asséptico «equivale a “pôr o carro à frente dos bois”». Nas traduções, é todos os dias.

 

[Texto 11 481]