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Linguagista

Cá temos o uso incorrecto da barra oblíqua

Só com um curso intensivo

 

      Outro uso incorrecto da barra oblíqua: «Prevê-se ainda uma intensificação do vento de oeste/noroeste, que soprará forte no litoral oeste, com rajadas até 85 km/h, e muito forte nas terras altas, com rajadas que poderão atingir os 120 km/h, em particular durante a noite de segunda para terça-feira» («O inverno chegou e chama-se Fien. Depressão vai afetar Portugal até quinta-feira», Carolina Rico, TSF, 16.01.2023, 17h32). Nunca a barra oblíqua serviu para isto, e Carolina Rico não teria dificuldade em confirmá-lo. Não, é «vento oeste-noroeste»: «Em relação às falhas geológicas na região, o geólogo português [João Duarte, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa] diz que o sismo ocorreu na confluência de duas falhas continentais muito importantes: a Falha do Mar Morto (com direcção norte-sul) e a Falha da Anatólia Oriental, ou Falha do Leste da Anatólia (com direcção nordeste-sudoeste)» («Como é a geologia e que semelhanças tem com Portugal», Teresa Firmino, Público, 7.02.2023, p. 3).

 

[Texto 17 689]

Ortografia: «transexual»

Não há dicionários?

 

      «O transsexual que se diz “actriz e prostituta” violou o espaço cénico do S. Luiz, mostrando que será menos actriz do que prostituta. É legítimo protestar, mas não o motivo e a interrupção da peça. Também repugnante a prostituição política do Teatro ao substituir o actor, e de imediato: violou a essência da representação, que é a representação, e vergou ao mais vil ‘cancelamento’» («Repugnante», Eduardo Cintra Torres, «Boa Onda»/Correio da Manhã, 27.01-2.02.2023, p. 50).

      Eduardo Cintra Torres ainda nos há-de dizer quantas palavras portuguesas com este encontro de consoantes — nss — conhece. Para aí nenhuma.

 

[Texto 17 625]