Destaques meus
«O último dia do mês vai ser marcado por uma rara coincidência de sobreposição de eventos lunares: uma Superlua, uma Lua Azul e uma Lua de Sangue.
Superlua é o nome que se dá às luas cheias que ocorrem quando o ponto da órbita está mais próximo da Terra. Estas luas podem surgir 30% mais brilhantes e 14% maiores do que o habitual, segundo a NASA.
A Lua Azul é a lua cheia, que será a segunda do mês (a primeira foi no dia 1 de Janeiro).
Além destes dois fenómenos, ocorre um eclipse lunar, que durante algum tempo confere uma cor avermelhada à lua, resultando o nome Lua de Sangue» («Olhos no céu: vem aí uma lua Azul de Sangue», Rádio Renascença, 30.01.2018, 10h35).
Também me parece que devem ser grafados com maiúscula inicial. O Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, contudo, optou por grafar superlua, que define assim: «fenómeno que se verifica quando a lua cheia se situa num intervalo de distância entre os 90% e os 100% da distância mínima à Terra». Não é exactamente o que diz o Observatório Astronómico de Lisboa: «Fala-se em Super Lua sempre que o instante de Lua Cheia ocorre quando a Lua está a uma distância da Terra inferior a 110% do perigeu da sua órbita.» (Claro que as fases da Lua se grafam com minúscula, coisa que vão agora aprender.) Mais: quando, em 1979, o astrólogo norte-americano Richard Nolle criou o termo, definiu-o como «a new or full moon which occurs with the moon at or near (within 90 per cent of) its closest approach to Earth in a given orbit». Em que ficamos? Alguém corrigiu Richard Nolle?
[Texto 8642]