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Linguagista

«Crise humana», de novo

Vai entrando na cabeça

 

      «“É claro que a combinação de más escolhas estratégicas, falta de vontade de atacar as desigualdades e um sistema mal coordenado criaram um ‘cocktail’ tóxico que permitiu à pandemia transformar-se numa crise humana catastrófica [catastrophic human crisis]”, revela o relatório» («Painel Independente conclui que a pandemia de Covid-19 podia ter sido evitada», Rádio Renascença, 12.05.2021, 17h49).

 

[Texto 15 098]

Evacuar | transferir | remover

Não vamos deixar

 

      «Combalido pelo sofrimento e pelas contínuas privações que havia suportado, fui removido, numa longa composição de ambulâncias, para o hospital central de Peshawur» (Um Estudo em Vermelho, Arthur Conan Doyle, Tradução de Silveira de Mascarenhas. Lisboa: Editora Livros do Brasil, 1985, p. 28).

      Sim, não são só as nódoas que são removidas, também nós, sejamos militares ou não. O verbo remover é suficientemente abrangente para incluir este sentido — e evita-se o erro recorrente de evacuar pessoas, como se andassem por aí gigantes glutões que nos comessem e depois nos evacuassem. Quer dizer, há por aí muitos, alguns até anões, que nos querem comer, mas basta não deixarmos. Vão bardamerda!

 

[Texto 14 339]