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Linguagista

Léxico: «Soajo/Suajo»

Não matem as variantes!

 

      «Serra da região minhota, situada junto à fronteira com a Espanha, na margem direita do rio Lima. Tem a altitude máxima de 1415 metros», ensina-nos sobre a serra do Soajo a Infopédia. Para já, são 1420 metros, medidos por mim. Estou a brincar. O que há para dizer, a respeito disto, é que a Porto Editora devia mencionar que se escreve Soajo ou Suajo, são variantes, é in-di-fe-ren-te. Se não o disser aqui, onde o vai dizer? Bem, di-lo a propósito de um termo comum, soajo/suajo, uma planta herbácea. «Serra do Suajo», leio numa velhinha edição de Portugal: Breviário da Pátria para os Portugueses Ausentes, publicada pelas Edições SNI em 1946. (A continuar a citar edições do SNI, ainda sou convidado para ir ao programa de Manuel Luís Goucha... Vou emendar-me.) 

 

[Texto 10 556]

Léxico: «chamuça/samosa»

Grande desafio...

 

      «Logo aqui, a primeira diferença: a aplicação do UberEATS dava a opção de escolher entre uma chamuça de carne, de vegetais e de frango, enquanto a Glovo dizia que havia as três, mas não deixava optar. Outra diferença: a Glovo chama-lhe “chamussa”, num claro desafio à língua portuguesa» («Qual o melhor serviço de entrega de comida? Pusemos o UberEATS à prova contra os concorrentes», Manuel Pestana Machado, Observador, 5.12.2017).

      Grande desafio à língua portuguesa, realmente... Sabia o jornalista que há dicionários — não é o caso do Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora — que registam a variante «samosa»? (E não seria melhor, em vez de «dava a opção de escolher entre», «permitia escolher entre»?)

 

[Texto 10 221]