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Linguagista

«A governante»

Tudo passa

 

 

      «A casa está edificada num plaino triste, e parece fechada, quase sufocada, pelas árvores. Ainda não vi ninguém senão o criado que me abriu a porta, e a governante, pessoa muito amável, que me acompanhou ao quarto e me serviu o chá» (A Mulher de Branco, Wilkie Collins. Tradução de Maria Franco e Cabral do Nascimento. Lisboa: Portugália Editora, 1972, 2.ª ed., p. 161).

  É muito menos comum, mas cá está: a governante e não a governanta. Já falámos de outros: giganta, infanta, mestra, parenta, etc. Em registo informal, até chefa. Com Dilma Rousseff, pelo menos os Brasileiros começaram a usar «presidenta». Mas tudo passa, até nós passamos. Quem é que hoje usa, por exemplo, «chancelerina»? Meia dúzia de gatos-pingados. Desapareceu mais depressa, portanto, do que a própria Angela Dorothea Merkel, essa hamburguesa implacável.

 

[Texto 4806]

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