A importância da língua
É o mínimo, não é?
«Para Germano de Almeida, conferencista transformado em contador de histórias para explicar que a língua portuguesa lhe é tão importante que chegou a acabar um namoro porque alguém lhe escreveu num papel “penço em ti” — “Como poderia eu continuara [sic] a namorar uma mulher que escrevia ‘penso’ com ç?” —, o português é uma “ponte entre culturas”. Admitindo que o usa para escrever porque lhe é natural fazê-lo e lhe permite chegar a uma audiência mais vasta, o autor continua a defender o crioulo como “língua de intimidade”, feita para “trazer no dia-a-dia”: “O cabo-verdiano namora em crioulo. Não [lhe] passa pela cabeça dizer ‘amo-te’ a uma mulher. ‘Amo-te’ é uma palavra violenta.”» («É na canção brasileira que melhor se vê a líbido da língua portuguesa», Lucinda Canelas, Público, 30.01.2014, p. 30).
[Texto 3946]