Locução preposicional «à roda de»
E tudo o vento levou
«“Numa altura em que estava consolidada a obtenção de mais de 8.000 assinaturas necessárias para, na próxima semana, formalizar junto do Tribunal Constitucional a candidatura presidencial de Graça Borges Castanho, o forte temporal que se abateu sobre a Ilha de S. Miguel inutilizou, ao final da tarde do dia de ontem [segunda-feira], à roda de 6.000 formulários, o correspondente a sensivelmente 3.000 assinaturas”, descreve em comunicado o mandatário da candidatura, António Delgado» («Graça Castanho desiste de candidatura por assinaturas terem sido levadas pelo vento», edição em linha do Público, 15.12.2015).
Chamaram-me a atenção (obrigado, Rui Almeida) para este artigo por causa da locução preposicional à roda de, pouco usada no dia-a-dia. Usemo-la. (Imagino que no Brasil a dificuldade seja a crase em à roda de...) Sobre o azar cósmico de um pé-de-vento ter destruído a candidatura, pouco se pode dizer, a não ser, talvez, lembrar ao pessoal da candidatura que até nas lojas dos chineses se vendem elásticos.
[Texto 6483]