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Linguagista

«Atirar o barro à parede»

Bairro de Telheiras

 

      «Xinle Zhu, do Dim Sum Park, em Telheiras, arregalou os olhos de espanto. Apesar da maturidade dos seus 30 anos, ficou intrigado como uma criança. Do outro lado, o jornalista Markus Almeida escondia um segredo. Ultrapassada uma ligeira hesitação, Zhu perguntou: como é que o jornalista sabia que ele era natural de Qingtian? A verdade é que o Markus não sabia — tinha feito aquele clássico movimento do jornalista-avançado-centro, o “atirar o bairro à parede”» («Diga Dim Sum», Ângela Marques, «GPS»/Sábado, 28.01.2016, p. 3).

      Uns atiram o bairro à parede, outros bramem o estandarte. É assim a vida. Isto é do falar lisboetês. Ainda na sexta-feira ouvi uma jornalista dizer na rádio, várias vezes, «caixa», e afinal era de «queixa» que se tratava. «Não sei como, a censura deixou passar o meu “recuerdo” sobre o Rui Luís Gomes. Vale sempre a pena atirar o barro à parede» (Diário, Mário Sacramento. Lisboa: Limiar, 1975, p. 121). 

 

[Texto 6585]

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