«Brexit» e afins
Se a lógica mandasse
«O texto impunha que a cláusula de garantia, acordada pelas partes para evitar a fronteira física e os controlos alfandegários entre a Irlanda do Norte e a República da Irlanda — e que era disputada por brexiteers e remainers —, “expiraria no dia 31 de Dezembro de 2021”, se entrasse em vigor» («Acordo de May estilhaçado pelos deputados que hoje decidem o seu futuro», António Saraiva Lima, Público, 16.01.2019, p. 3).
Por muito que se arraste, não deixará de ser um processo efémero, e por isso nem sequer brexit eu levaria para os dicionários. Mas está em alguns, e, pior, não o grafam em itálico. Em boa lógica, levar aquele devia implicar a necessidade de levar, até porque menos conhecidos, também brexiteer, remainer e backstop. Cá, aqui e ali, e até no Brasil, usa-se «brexiteiro». No texto anterior, cito Rui Tavares, que usa frequentemente essa palavra.
[Texto 10 597]